Future of Money

Grandes investidores vendem R$ 6 bilhões em bitcoin em 2 semanas

Movimento de realização de lucros por parte de investidores contribui para queda recente da maior criptomoeda do mercado

Bitcoin voltou a cair com incerteza macroeconômica (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin voltou a cair com incerteza macroeconômica (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 20 de junho de 2024 às 12h14.

Os grandes investidores de bitcoin, também conhecidos como "baleias" no mercado, venderam cerca de US$ 1,2 bilhão (mais de R$ 6 bilhões, na cotação atual) em unidades da criptomoeda nas últimas duas semanas. Os dados foram divulgados pela empresa de análises CryptoQuant.

Os dados da companhia apontam que o movimento de realização de lucros por parte desses grandes investidores foi o maior registrado desde maio de 2020. O volume de vendas mais alto até então tinha sido registrado em maio de 2022, chegando à casa dos US$ 600 milhões, mas ainda distante do nível observado neste mês.

Ki Young Ju, CEO da Cryptoquant, destacou em uma publicação no X, antigo Twitter, que os ETFs de bitcoin também registraram um saldo negativo de US$ 460 milhões em retiradas no mesmo período. Ao todo, portanto, há um total de mais de US$ 1,6 bilhão em realizações de lucro.

A empresa determina os movimentos desses grandes investidores a partir do rastreio das carteiras digitais em blockchains que possuem as unidades da criptomoeda. Esse grupo de investidores também é caracterizado pelo foco no longo prazo, com muitos guardando essas unidades do ativo há anos.

Nas últimas duas semanas, porém, eles enviaram as unidades de bitcoin para outras carteiras digitais ligadas a corretoras de criptomoedas, indicando o movimento de venda. Apesar das movimentações em blockchains serem públicas, as identidades dos investidores seguem anônimas.

Queda do bitcoin

Em outra publicação, analistas da CryptoQuant apontaram uma combinação de três fatores que estariam contribuindo para a queda recente da maior criptomoeda do mercado.

O primeiro é a queda de 55% na receita dos mineradores de bitcoin, o que tem obrigado esse grupo a vender suas unidades da criptomoeda para cobrir seus custos, tradicionalmente maiores em períodos posteriores a halvings, como o ocorrido em abril deste ano.

Outro fator citado é baixa taxa de emissão de novas unidades das stablecoins pareadas ao dólar USDT e USDC, o que significa uma redução na liquidez e na entrada de investimentos no mercado. Por fim, a CryptoQuant citou também as retiradas nos ETFs de bitcoin nas últimas semanas.

Para especialistas, porém, os movimentos recentes representam correções de preço e realizações de lucro que não alteram a tendência de alta da criptomoeda nos próximos meses.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

Interesse dos brasileiros por criptomoedas cresceu 124% em dois anos, aponta estudo

Investir em empresas de computação quântica é como ter comprado bitcoin em 2016, diz CEO

Ministério da Defesa define tecnologia blockchain como "produto estratégico"

World: projeto de Sam Altman ultrapassa 100 mil brasileiros com "prova de humanidade"