Future of Money

FMI elogia Drex: "plataforma inteligente que promove inovação financeira"

Organização internacional ressaltou potencial do projeto e citou desafios que a iniciativa precisará superar

Drex tem previsão de lançamento para o público no fim de 2024 (Priscila Zambotto/Getty Images)

Drex tem previsão de lançamento para o público no fim de 2024 (Priscila Zambotto/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 8 de agosto de 2023 às 10h01.

Última atualização em 8 de agosto de 2023 às 10h45.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou na última semana um relatório sobre o atual cenário econômico do Brasil. E uma das sessões do material é dedicada exclusivamente ao Drex, antes conhecido como Real Digital, com diversos elogios da organização para o projeto.

Os responsáveis pelo relatório destacaram que os diretores do Banco Central colocaram o Drex como parte de um plano mais amplo para modernizar o sistema financeiro brasileiro, envolvendo também o Pix e o Open Finance. Nesse sentido, eles afirmaram que é preciso "estar atento dos potenciais riscos à estabilidade financeira com a digitalização".

Na visão do FMI, o Banco Central "está na vanguarda da inovação financeira, com um sistema de pagamentos instantâneos (o Pix) extremamente bem-sucedido e planos para lançar uma moeda digital de banco central (CBDC) para o atacado", se referindo ao Drex.

Em conversas com o FMI, diretores do Banco Central explicaram que o projeto da CBDC "tem como objetivo criar uma infraestrutura pública de blockchain em um ambiente regulado". Nesse sentido, a moeda digital "seria interoperável com a infraestrutura de pagamentos existente e facilitaria novos modelos de negócios".

"A criação dessa infraestrutura também busca minimizar os riscos de desintermediação financeira por meio de depósitos/contas tokenizados emitidos por instituições como o principal instrumento de pagamento. Com o tempo, a nova plataforma exigirá a representação digital de mais ativos do mundo real para permitir uma transição para mais transações financeiras baseadas em tokens", pontuou o FMI.

Além disso, a organização avalia que "tal transição precisaria ser gradual e complementada com mudanças na legislação e ambiente regulatório, para que os tokens cumpram suas funções de forma confiável sem prejudicar o consumidor, a estabilidade financeira e a integridade do mercado".

Na conversa com o FMI, o Banco Central reforçou a meta de lançar o Drex até o fim de 2024, mas também citou o início de 2025 como possível data, reconhecendo que será preciso abordar alguns desafios, como em questões de privacidade, que poderão "exigir uma abordagem mais gradual" na adoção.

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Quais as vantagens do Drex?

Entre os pontos do projeto destacados pelo FMI está o fato da CBDC brasileira ser planejada como uma "plataforma inteligente que vai fomentar a inovação financeira". De acordo com a organização, o Pix já cumpriu os objetivos que muitos países possuem para suas CBDCs.

"Por isso, o Drex está sendo planejado como uma plataforma inteligente para serviços financeiros baseada em uma tecnologia digital distribuída que aproveita a representação digital de ativos (tokenização) e a programabilidade, buscando fomentar a inovação", diz o relatório.

Outro ponto citado é que a plataforma do Drex busca "aproveitar os benefícios das novas tecnologias em um ambiente seguro e confiável". O FMI avalia que as tecnologias ligadas ao projeto existem atualmente no mercado de criptomoedas, mas que, apesar de esforços com a criação de leis, ainda existem desafios na regulamentação desse ecossistema.

O FMI destacou ainda que a versão digital do real deverá permitir uma "migração para um mundo baseado em tokens ao desbloquear o ambiente de negociações para um grupo diverso de ativos tokenizados", evoluindo gradualmente de depósitos até outros ativos financeiros mais complexos.

Entre os desafios que o Drex precisará superar, a organização citou a necessidade de alterar a legislação brasileira para comportar as mudanças que o projeto trará, possíveis desafios de escalabilidade do sistema e desafios reputacionais e operacionais em caso de falhas.

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