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ETFs de bitcoin vão ultrapassar Satoshi Nakamoto: Eric Balchunas revela quais serão os impactos

Especialista em ETFs da Bloomberg diz que ETFs terão mais bitcoin que criador misterioso da criptomoeda, que possui mais de 1 milhão de bitcoins intocados

(24K-Production/Getty Images)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 13h40.

Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 13h41.

Em entrevista à EXAME, Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg, afirmou que os ETFs de bitcoin irão ultrapassar a quantidade de bitcoins guardados há anos por Satoshi Nakamoto, o criador anônimo da primeira e mais valiosa criptomoeda do mundo.

De fato, os números estão cada vez mais próximos. No momento, os ETFs de bitcoin possuem, juntos, 942.789 unidades da criptomoeda, de acordo com dados do Bitcoin Treasuries. A carteira de Satoshi Nakamoto, por outro lado, possui mais de 1 milhão de unidades de bitcoin.

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Segundo Balchunas em entrevista à EXAME durante o evento Swell 2024, organizado pela Ripple em Miami, até o Natal os ETFs de bitcoin devem ter mais unidades da criptomoeda do que seu próprio criador, que “desapareceu” há mais de uma década sem deixar rastros, apenas uma carteira recheada de bitcoins que nunca foram vendidos.

Apesar disso, Balchunas afirma que isso pode causar reações mistas no mercado. “Acho que algumas pessoas poderão ter uma tensão espiritual porque em primeiro lugar estarão felizes, mas depois pensarão: ‘estou feliz, mas é porque é isso que o Larry pensa’”, em referência à Larry Fink, CEO da BlackRock, gestora que possui o maior ETF de bitcoin à vista nos EUA.

“Então, para mim, o ETF é apenas a melhor versão de uma exchange. Então, eu só olho nisso. E o ETF é apenas uma parede para o resto do mercado, que em algum momento foi inevitável. Mas vai ser um momento simbólico. O que é interessante é o quão rápido isso acontece. Pode acontecer em mais de um ano. Isso é bem rápido”, disse ele.

O especialista em ETFs da Bloomberg também afirmou que empresas como a BlackRock e Fidelity, que já possuem um grande nome no mercado tradicional, ajudaram a retornar a confiança no mercado cripto após grandes “desastres” como o colapso da FTX em 2022.

“SBF (Sam Bankman-Fried) em particular, que regrediu a coisa por cinco anos. Ele envolveu Tom Brady nisso. No EUA, esse cara ganhou sete títulos. Você não pode mexer com Tom Brady. É como mexer com George Washington, ok?”, brincou Balchunas em entrevista à EXAME.

“Mas agora com BlackRock e Fidelity entrando, isso realmente afetou o mercado. E isso é muito importante. Isso quase fez cripto parecer algo que é legítimo de novo. E tem valor”, disse ele.

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