Google muda app de pagamentos e lança conta digital gratuita
Plex terá conta corrente, poupança, cartão de débito e várias outras funções; início das operações fica para 2021, inicialmente apenas nos EUA
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 18 de novembro de 2020 às 17h19.
Última atualização em 18 de novembro de 2020 às 18h33.
O Google divulgou nesta quarta-feira (18) a atualização do seu aplicativo de pagamentos, o Google Pay. Totalmente reformulado, o app agora tem um novo design e novas funções, mas a principal novidade foi a criação de uma conta bancária digital integrada, chamada Plex.
“Nova forma de fazer transações bancárias no Google Pay”, diz a companhia. O principal argumento do Google para as contas Plex é que elas vão facilitar o gerenciamento de dinheiro com "todas as suas transações, organizadas automaticamente e pesquisáveis no app Google Pay". Os usuários poderão, por exemplo, pesquisar suas compras por categorias (como "alimentação" ou "combustível"), localização e mês, já que todas as transações serão rotuladas automaticamente.
O novo Google Pay chega com design renovado, que facilita o acesso aos contatos mais utilizados para pagamentos, além de mostrar um mapa com todos os negócios e comércios por perto que aceitam o app da big tech como forma de pagamento e de ter um sistema próprio de recompensas.
A conta digital Plex, por sua vez, estará disponível em 2021, inicialmente apenas nos EUA, e será totalmente gratuita. A conta terá funções como poupança e um cartão de débito emitido com a parceria de bancos e instituições financeiras como Citibank, Stanford Credit Union, BBVA, entre outras.
O aplicativo da conta Plex terá uma série de funções como botôes para depositar e transferir dinheiro, gerenciar o cartão e a conta, criar objetivos financeiros e até a possibilidade de arredondar o valor das transações, colocando os centavos utilizados para isso na poupança, de forma automática, para ajudar a atingir a sua meta de economia.
O lançamento do Google visa atender uma demanda crescente não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo, que têm aderido às contas digitais em detrimento das contas bancárias tradicionais, por oferecerem menos custos, serem desenvolvidas com foco em dispositivos móveis, com interfaces simples, intuitivas e agradáveis, e não exigirem saldo mínimo em conta, o que é comum por parte dos grandes bancos dos EUA.
De acordo com o “Índice Global de Adoção FinTech 2019”, da EY, a adoção de serviços de tecnologia financeira entre usuários de internet quase dobrou nos últimos dois anos e continua crescendo em ritmo acelerado — a pandemia do novo cornavírus deve levar o número para patamares ainda mais altos em 2020.
Perguntado sobre a possibilidade de oferecer o serviço no Brasil, o Google afirma que "por enquanto, não há previsão de lançar as novas funcionalidades do Google Pay no Brasil" e que "o anúncio desta quarta-feira (18) só abrange os EUA".