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Depois de colapso da UST, desenvolvedores buscam novas formas de criar stablecoins descentralizadas

Ecossistema responsável por criptomoedas Luna e UST colapsou em maio gerando prejuízo bilionário, agora desenvolvedores buscam novas formas de criar criptomoedas de valor estável descentralizadas

Criador da UST/LUNA é procurado pela Interpol (EXAME/Exame)

Criador da UST/LUNA é procurado pela Interpol (EXAME/Exame)

Entre os dias 11 e 14 de outubro ocorreu a Devcon, conferência focada em desenvolvedores da Ethereum, segundo maior blockchain do mundo. No último dia 13, um dos focos principais dos especialistas presentes no evento foi o desenvolvimento de novos modelos de stablecoins algorítmicas. O mesmo modelo de criptomoeda protagonizou um dos maiores colapsos da história do setor, a UST, do ecossistema Terra.

Depois do prejuízo bilionário deixado pelo colapso e seu criador ter entrado para a lista de procurados da Interpol, desenvolvedores querem provar que é possível uma criptomoeda estável descentralizada ser economicamente sustentável no mercado.

Segundo Mel Gelderman, CEO da Token.com presente no evento, grandes empresas apresentaram seus projetos durante a Devcon. “As stablecoins foram um tema quente este ano, principalmente desde o colapso da UST da Terra”, disse.

(Mynt/Divulgação)

As stablecoins são criptomoedas de valor estável que podem acompanhar o valor de determinado ativo, como o dólar. Muitos especialistas consideram que foram elas as responsáveis pelo crescimento exponencial do setor de finanças descentralizadas (DeFi) nos últimos anos. Isso porque permitiram que vários produtos e serviços do mercado financeiro tradicional chegassem ao blockchain e ofereceram uma alternativa à volatilidade das criptomoedas tradicionais.

Em geral, elas costumam ter lastro no ativo que acompanham. Por exemplo, para cada stablecoin emitida, um dólar precisa ser adicionado às reservas de sua emissora. Criptomoedas entre as maiores do mercado funcionam desta forma, como USDC e USDT.

No entanto, muitos argumentam que a necessidade de lastro e uma entidade centralizada para fazer a ponte entre o mercado tradicional e o mundo cripto vão contra os princípios de descentralização da tecnologia blockchain.

Com isso, surgiu o desafio de criar uma stablecoin descentralizada que seja economicamente sustentável. Projetos como a UST, do ecossistema Terra, se tornaram grandes exemplos do que pode dar errado.

No entanto, os novos projetos anunciados na Devcon não teriam semelhança com a protagonista de um dos maiores desastres do universo das criptomoedas.

“Aave optou por se concentrar em sua stablecoin GHO recentemente proposta durante a palestra. No entanto, o GHO funciona de maneira diferente do design algorítmico da UST, adotando um modelo supercolateralizado semelhante ao DAI da MakerDAO”, salientou Gelderman.

“Outros projetos importantes de DeFi, como o Curve, também planejam lançar suas próprias stablecoins descentralizadas no futuro, sugerindo que a DAI poderá em breve ter concorrência por seu lugar como a stablecoin descentralizada favorita da criptomoeda”, acrescentou o CEO da Token.com.

Durante o terceiro dia de evento, a Aztec Network também apresentou novidades no que diz respeito aos Zk-Rollups. Elogiados pelo criador da Ethereum, Vitalik Buterin, os ZK-Rollups podem atuar diretamente na privacidade do usuário através de uma solução de segunda camada da Aztec Network.

O MEV no mercado de NFTs também foi um dos temas abordados no evento, em uma palestra de Franz Kekeler.

“’MEV’ refere-se ao valor que é extraído do ecossistema Ethereum na produção de blocos. Muitos bots avançados extraem enormes lucros do ecossistema todos os dias por meio do MEV e, embora normalmente operem em ether e outras transferências de token, ele decolou cada vez mais em NFTs à medida que o espaço cresceu. Kekeler se concentrou em maneiras pelas quais os usuários da Ethereum podem negociar NFTs sem diminuir o risco para o MEV”, explicou Mel Gelderman.

“Também participamos de uma palestra inspiradora de Griff Green sobre financiamento de bens públicos, algo em que projetos como Commons Stack, Gitcoin e Giveth estão trabalhando. O financiamento de bens públicos tem sido um foco maior do que nunca na Devcon deste ano, que fala sobre como o ecossistema Ethereum pode ser transformador para o mundo no futuro”, concluiu o CEO, sobre o terceiro dia de evento.

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