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Criptomoeda dispara mais de 40% e se destaca em agosto negativo; saiba qual é

Ranking mostra que, apesar de quedas terem dominado o mercado cripto, alguns ativos conseguiram valorizar nas últimas semanas

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 10h30.

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O mercado de criptomoedas voltou a enfrentar um mês negativo em agosto, marcado por fortes quedas, o que acabou se refletindo no desempenho das maiores criptos do setor. Entretanto, o ranking mensal da gestora QR Asset mostra que nem todos os ativos tiveram perdas nas últimas semanas.

Murilo Cortina, diretor comercial da QR Asset, explica que "o final de julho trouxe novas esperanças para o mercado de cripto, principalmente na narrativa regulatória americana, com Trump se mostrando bastante positivo ao setor e Harris tentando se posicionar de forma receptiva ao avanço da tecnologia blockchain".

"Porém, no começo de agosto, com a crise no Japão provocada pelo aumento na taxa de juros somada ao fantasma da recessão nos EUA, começamos o mês em queda. Apesar de termos uma recuperação ao longo do mês, agosto não foi favorável para ativos de risco, mesmo com a quase certeza de um corte na taxa de juros norte-americana", comenta.

Ao mesmo tempo, ele avalia que "um cenário mais otimista se desenha para cripto, à medida que questões regulatórias e macro se somam em uma boa perspectiva, alinhada com uma proposta de pós-halving".

Criptomoedas que mais subiram em agosto

O ativo com maior alta no mês de agosto foi a Helium, que acumulou valorização de 47%. Segundo Cortina, o ativo foi impulsionado "pela expansão de sua rede 5G e a migração para a blockchain Solana, o que aumentou a escalabilidade e atratividade da rede".

"Esses desenvolvimentos fortaleceram sua posição no mercado de IoT (Internet das Coisas), atraindo mais operadores de nós e aumentando o interesse institucional, resultando em uma valorização significativa do token", explica.

Outro destaque no mês foi a Aave, que valorizou 22%. Cortina afirma que a maior parte da alta está ligada à introdução de uma stablecoin nativa no blockchain, além de uma mudança que destinará parte das taxas coletadas na rede para os validadores do projeto.

"Apesar desse movimento não ter gerado um aumento expressivo no TVL (Valor Total Bloqueado), o token AAVE experimentou uma alta demanda, antecipando um cenário regulatório positivo onde o setor de DeFi pode ver um crescimento significativo", afirma.

Completam o top 5, ainda, a Sui - que valorizou 17% após uma série de lançamentos para atrair usuários e desenvolvedores para sua rede -, a Aptos - com alta de 6% - e a Fetch.ai - que registrou um crescimento de 2%.

Criptomoedas que mais caíram em agosto

Já na ponta negativa, a maior queda entre as criptomoedas foi da Maker, que perdeu 36% do seu valor. Cortina atribui o movimento à "reação negativa do mercado" ao anúncio de reestruturação do projeto, que mudará de nome para Sky Ecosystem e lançará inclusive uma nova criptomoeda.

Para ele, "dado o momento regulatório que DeFi enfrenta, enquanto a SEC tenta categorizar os ativos entre 'valores mobiliários' ou 'commodities'. Nesse sentido, a governança da MakerDAO, que já não era um exemplo de uma organização bem-sucedida, deixou claros seus problemas estruturais em uma ação para tentar renovar" o projeto.

Outro destaque de queda foi a criptomoeda meme Bonk, que despencou 27% e confirmou a alta volatilidade desse tipo de ativo. A Arbitrum ficou em terceiro lugar, caindo 21%, impactada por "questões estruturais na rede Ethereum".

O ativo chegou a passar por uma atualização que foi bem-recebida pelo mercado, mas foi prejudicada por uma narrativa entre investidores de priorização de redes blokchain de primeira camada, com expectativa de demanda decrescente em redes de segunda camada, caso da Arbitrum.

Fecham o top 5, ainda, o próprio ether, que registrou queda de 21%, e a Bitcoin Cash, que caiu 20% em meio à forte pressão de venda no mercado com a continuidade dos reembolsos pela corretora falida Mt. Gox.

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