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Conselho de Mineração: 56% da energia do bitcoin vêm de fontes renováveis

Primeiro relatório do recém-criado Conselho de Mineração de Bitcoin aponta uso elevado de energia renovável por participantes da rede, mas é algo de questionamentos

 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

(Andriy Onufriyenko/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 2 de julho de 2021 às 12h24.

Uma pesquisa do recém-criado Conselho de Mineração de Bitcoin (BMC, na sigla em inglês), que reúne empresas que de mineraçãode bitcoin e também de outras áreas do mercado de criptomoedas, divulgou na quinta-feira, 1, os resultados do seu primeiro levantamento sobre o setor.

A pesquisa do BMC, que contou com a participação de um terço das empresas de mineração de bitcoin, revela que 67% da energia consumida pelas empresas que responderam ao questionário vêm de fontes renováveis. Com base nisso, o Conselho estima que, considerando a totalidade das empresas do setor, o consumo de energia limpa seja de 56%.

Segundo o BMC, o valor é superior à proporção de energia renovável usada por quase todas as grandes economias mundiais, citando como exemplos a Alemanha (48,9%), os EUA (30,5%), a Coreia do Sul (30%), o Canadá (22,7%), o Brasil (21,4%), a Rússia (18,9%), o Japão (18%), a China (14,4%), a Índia (11,6%) e o Irã (2,2%).

O estudo também mostra que a média global de utilização de energia sustentável é de 20,7%. Para o BMC, energia sustentável é aquela com "geração hídrica, eólica, solar, nuclear e geotérmica", mas também aquelas que utilizam combustíveis fósseis mas compensam o impacto com créditos de carbono.

No levantamento, o BMC, criado com o objetivo de fornecer dados transparentes e verificáveis ​​sobre o uso de energia renovável na indústria de bitcoin também tenta provar que o consumo da rede é mais baixo do que as pessoas imaginam. Para isso, o estudo mostra que a produção global de energia é de 162.194 TWh, dos 50.000 TWh são desperdiçados por ineficiência dos sistemas de distribuição, e que a rede Bitcoin consome apenas 189 TWh, equivalente a 0,1% do total de energia produzida e 0,4% do total de energia desperdiçada.

Apesar dos dados positivos, a metodologia do levantamento é questionável, já que se baseia em respostas voluntárias e auto-relatadas das próprias empresas, e contou com a participação de apenas 32% das companhias responsáveis pelo poder computacional da rede Bitcoin.

Por causa disso, é bastante improvável que este primeiro relatório tenha algum efeito prático sobre o mercado de criptoativos - por exemplo, demovendo Elon Musk e a Tesla da ideia de não receber em bitcoin por causa do suposto impacto ambiental da criptomoeda.

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