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Com queda de 46%, bitcoin pode ter segundo pior trimestre da história

Com uma semana para encerramento do trimestre, criptomoeda acumula maior prejuízo para o período desde 2018

 (Yuriko Nakao/Getty Images)

(Yuriko Nakao/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 23 de junho de 2021 às 13h29.

Apesar de ter recuperado boa parte da queda sofrida no início desta semana, o bitcoin caminha para fechar o trimestre com a segunda pior performance da sua história e a maior queda desde os primeiros meses de 2018.

Segundo dados publicados pela ferramenta de análise Skew, o bitcoin acumula queda de 46% no segundo trimestre de 2021, o pior desde o primeiro trimestre de 2018, quando a criptomoeda despencou da sua máxima para um mercado de baixa que durou mais de dois anos e acumulou prejuízo de 49,9% no período de três meses.

A queda atual é também a segunda pior desde que esse tipo de dado começou a ser coletado, em 2014. Antes disso, o bitcoin circulava em um contexto menos profissional, sem tantas corretoras de criptoativos e com grande parte das transações sendo feitas ponto a ponto (P2P), o que impossibilita uma consolidação histórica de preços que seja confiável.

Desde o início de 2014 até agora, se passara 30 trimestres - considerando o atual, que se encerra com o fim de junho - e o preço do bitcoin teve retração em 14 deles. No entanto, os trimestres de ganhos registraram crescimento muito maior do que o os meses com prejuízo e, por isso, o preço do ativo digital se multiplicou por quase 50 vezes desde então, considerando a cotação atual de 34 mil dólares - ou 80 vezes até a máxima histórica do bitcoin, de 64 mil dólares.

Apesar da queda de 46% no segundo semestre de 2021, o bitcoin ainda acumula ganhos de 15% no ano, e quase 300% nos últimos 12 meses. Apesar disso, o mercado está apreensivo com a possibilidade de uma tendência de baixa mais duradoura, mas especialistas divergem quanto às previsões para a criptomoeda no curto prazo.

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