(Alex Kraus / Bloomberg/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 11h33.
Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 15h17.
Em reportagem do canal de TV norte-americano CNBC, Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, com 7,4 trilhões de dólares sob sua gestão, mostrou otimismo em relação ao futuro do bitcoin.
Falando ao ex-diretor do Bank of England, Mark Carney, no Conselho de Relações Exteriores na última terça-feira (1), Fink disse que o criptoativo pode evoluir para um ativo de mercado global: "Você vê esses movimentos gigantescos todos os dias... é um mercado escasso. Pode evoluir para um mercado global? Possivelmente".
Fink também reforçou o quanto o mercado ainda pode crescer, por ser ainda pequeno quando comparado aos mercados tradicionais. E ressaltou o quanto o ativo digital tem chamado a atenção recentemente: "O bitcoin ganhou a atenção e mexeu com a imaginação de muita gente. Ainda não foi testado e ainda é um mercado muito pequeno em relação a outros mercados", completou.
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O executivo se manifestou após o diretor de investimentos em renda fixa da BlackRock, Rick Rieder, especular no mês passado que o bitcoin poderia "tirar um pouco do brilho do ouro", chegando, possivelmente a rivalizar com o metal precioso futuramente, como reserva de valor e proteção contra a desvalorização das moedas fiduciárias.
Os comentários são um endosso ainda relativamente raro entre os grandes investidores de mercados tradicionais em relação ao bitcoin e aos criptoativos de forma geral, mas, pouco a pouco, a classe de ativos parece conquistar seu espaço — e elogios. "Gurus" de fundos de hedge como Paul Tudor Jones e Stanley Druckenmiller, também já exaltaram as virtudes do bitcoin recentemente, assim como Scott Minerd, diretor da Guggenheim Partners, que inclusive pediu recentemente à SEC o direito de investir 530 milhões de dólares no maior ativo digital do mundo.
A BlackRock é a maior administradora de ativos do mundo, com 7,4 trilhões de dólares sob sua gestão, em um conjunto de fundos mútuos, negociados em bolsa, e de rastreamento de índices e outros instrumentos financeiros amplamente utilizados nos mercados financeiros.