Bitcoin (JUN2/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 12 de março de 2021 às 10h57.
Após o aumentode preços dos últimos meses, a capitalização de mercado do bitcoin mais do que triplicou, superando o patamar de 1 trilhão de dólares. Ao atingir esse valor, a criptomoeda superou algumas das maiores empresas do mundo — como Facebook e Tesla — e também a o volume total em circulação de moedas fiduciárias de economias relevantes, como o won sul-coreano (KRW).
Os agregados monetários são, basicamente, medidas quantitativas da oferta de moeda dos países, cuja classificação geralmente é feita por ordem de liquidez. O agregado M1 diz respeito a soma da moeda em poder do público (papel moeda e moeda metálica) e o total de depósitos à vista nos bancos comerciais. Portanto, M1 é o total de moeda que não oferece um rendimento através de juros e tem a sua liquidez imediata.
De acordo com o portal Trading Economics, houve um aumento no valor de M1 na Coréia do Sul, fazendo com que o total chegasse à 1.18 quatrilhões de wons, o equivalente a cerca de 1,04 trilhões de dólares, na cotação atual — apesar do won parecer fraco frente ao dólar, a Coréia do Sul tem a 10ª maior economia do mundo.
Assim como a comparação com o valor de mercado de grandes empresas, a relação entre a capitalização de mercado do bitcoin com o volume em circulação da moeda sul-coreana não tem nenhum efeito prático, mas é uma referência importante sobre o crescimento da adoção do mercado de criptoativos e da sua relevância na economia global.
Enquanto o bitcoin atingiu a marca de 1 trilhão de dólares em capitalização antes do seu "aniversário" de 12 anos, a Apple, primeira grande empresa a atingir a marca, levou 40 anos para alcançar este feito. Atualmente cotado a 55.500 dólares, o bitcoin tem capitalização de mercado de 1,05 trilhão de dólares, valor que já chegou a 1,08 trilhão quando a criptomoeda chegou ao seu recorde de preço, de cerca de 58.300 dólares.
No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.