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Brasileiros lucraram R$ 1,5 bilhão com bitcoin em 2020, mostra estudo

Importante casa de análises do criptomercado Chainalysis colocou o Brasil no topo do ranking de países que mais lucraram com bitcoin em 2020

 (Madrolly/Getty Images)

(Madrolly/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 17 de junho de 2021 às 17h08.

Um estudo divulgado nesta semana pela casa de análises do mercado de criptomoedas Chainalysis mostrou que os brasileiros tiveram ganhos de 1,5 bilhão de reais com investimentos em bitcoin ao longo de 2020.

O ranking divulgado pela Chainalysis coloca o Brasil entre os 25 países com maiores lucros realizados com bitcoin no último ano, o mais bem colocado entre todos os países da América Latina.

Segundo o levantamento, os brasileiros realizaram lucros de 300 milhões de dólares em 2020, que convertidos em real passam de 1,5 bilhão de reais, na cotação atual. Se considerado o câmbio de janeiro de 2021, os lucros chegam a 1,6 bilhão de reais.

Os dados da Chainalysis mostram amplo domínio dos Estados Unidos no mercado, com lucros de mais de 20 bilhões de reais no ano, seguido pela China, com 5,5 bilhões, Japão (quase 5 bilhões de reais), Reino Unido (4 bilhões) e Rússia (3 bilhões).

À frente do Brasil, estão países mais desenvolvidos como Alemanha, França, Espanha, Coreia do Sul, Holanda, Canadá, Turquia e Itália, mas também economias menores como Ucrânia e Vietnã. A outra nação latinoamericana que figura na lista é a Argentina, logo atrás do Brasil, com lucros de 1 bilhão de reais entre os investidores de bitcoin.

A Chainalysis comentou o desempenho dos EUA no ranking: “Isso pode parecer surpreendente considerando que a China historicamente tem de longe o maior volume de transações brutas de criptomoedas, mas, como cobrimos anteriormente, as bolsas focadas nos EUA viram enormes entradas em 2020 que parecem ter sido realizadas no final do ano, o que provavelmente explica os grandes ganhos do país.”

A empresa também esclareceu a metodologia usada para a composição do ranking: “Medimos os fluxos on-chain para cada corretora de criptomoedas, e aproximamos os ganhos totais de dólares dos EUA feitos sobre o ativo em questão (bitcoin, neste caso) medindo as diferenças no preço do ativo no momento em que foi retirado da plataforma versus quando foi recebido. Em seguida, distribuímos esses ganhos (ou perdas) por país com base na participação do tráfego web que cada país contabiliza no site de cada exchange”.

Outra notícia relevante do estudo é a queda de atividades ilícitas relacionadas às criptomoedas desde 2019. O volume de dinheiro, em criptomoedas, relacionados a fraudes, mercados na darknet e outras atividades ilícitas, caiu de 200 milhões de dólares (1 bilhão de reais) para 40 milhões de dólares (200 milhões de reais) na América Latina. Pirâmides financeiras e outros golpes registrados no Brasil aparecem no levantamento, como a Atlas Quantum, a AirBitClub e a FX Trading, todas atualmente respondendo por crimes financeiros na Justiça.

O estudo também cita a corrida dos adotantes de criptomoedas para plataformas de negociação P2P (ponto a ponto) quando há grande desvalorização das moedas nacionais. Argentina, Uruguai, Colômbia e Chile foram lembradas como principais mercados que adotam criptomoedas como reserva de valor.

O Brasil ainda domina os valores recebidos no continente - até pela disparidade populacional com relação a outros países da região. O Brasil recebeu cerca de 9 bilhões de dólares (45 bilhões de reais) em criptomoedas em 2020, seguido por Venezuela, Argentina, México e Colômbia.

por Cointelegraph Brasil

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o seu funcionamento. Confira.

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