Como as empresas podem embarcar com segurança no mundo das criptomoedas
Com a rápida recuperação do último bear market, empresas têm voltado os olhos para as oportunidades oferecidas pelos ativos digitais
Redação Exame
Publicado em 13 de maio de 2023 às 10h14.
Por Brianna Kernan*
O ecossistema cripto tem crescido e se consolidado a cada ano. Como setor, já enfrentamos períodos de bear market, colapso de grandes players e a atividade incessante de atores mal intencionados. Mesmo com todo esse cenário, essa complexa indústria continuou dinâmica e se desenvolvendo.
Essa expansão também foi observada na América Latina - a região recebeu aproximadamente 562 bilhões de dólares em criptomoedas entre Julho de 2021 e Junho de 2022 - o que representa um crescimento de 40% - de acordo com o Geography Report 2022, elaborado pela Chainalysis. Também é importante destacar que a adoção de cripto ativos entre latino-americanos cresceu 10% no último ano, superando todas outras regiões analisadas na pesquisa.
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No Brasil, especificamente, cada vez mais grandes instituições financeiras tradicionais decidem se tornar players do mercado de criptomoedas, o que indica maturidade do setor - cenário pode ser potencializado uma vez que o novo Marco das Criptomoedas entre em vigor em sua totalidade, o que deve acontecer em meados do próximo ano.
Esse panorama nos deixa claro que as criptomoedas se movem de forma muito veloz. Há pouco mais de dez anos, o Bitcoin, por exemplo, deixou de ser um experimento curioso para se tornar uma força financeira global. E essa rapidez, muitas vezes, supera o ritmo no qual encontramos soluções para as dores da indústria, principalmente no que diz respeito a segurança, compliance e mitigação de riscos.
Para as empresas que oferecem produtos cripto, as apostas são ainda maiores. Além das obrigações regulatórias e a volatilidade do mercado, é importante preparar e proteger ambos a empresa e clientes de golpes e hacks.
Por isso, há algumas dicas para companhias que desejam aproveitar a oportunidade de mercado e embarcar nesta indústria que caminha para se tornar o futuro das finanças, oferecendo produtos financeiros com criptomoedas de forma segura e a mitigar riscos.
Como começar
Primeiro, é importante destacar que manter os ativos seguros requer treinamento e capacitação. Um time familiarizado com os fundamentos da criptografia pode identificar e gerir intercorrências de forma mais eficaz.
Outro ponto de atenção é a exposição aos riscos, que, apesar de serem intimidadores, não são desconhecidos. Há diversas empresas que ajudam a integrar criptomoedas a portfólios financeiros com segurança.
No Brasil, por exemplo, a Chainalysis tem ajudado as principais instituições financeiras a conhecer melhor seus parceiros de negócios, investigar fraudes e mitigar atividades criminosas envolvendo criptomoedas. Os grandes players do mercado financeiro brasileiro já perceberam a importância de posicionar seus negócios no crescente universo cripto, e a análise de blockchain é uma das principais ferramentas para auxiliar a oferta de produtos e serviços com os ativos digitais.
Uma vez que uma instituição esteja familiarizada com as dinâmicas da indústria, é possível começar a oferecer produtos tradicionais baseados em criptografia, como cartões de crédito que usam cripto no back-end, mas não expõem os emissores à volatilidade do mercado.
Essa primeira oferta pode levar os clientes a se familiarizar e perceber as vantagens dos ativos digitais. À medida que o mercado cripto amadurece, os investidores se tornam mais capazes de avaliar riscos e oportunidades, aumentando seu apetite por produtos e serviços. Eventualmente, esses usuários buscarão ter acesso direto aos mercados.. Nesta fase, é hora de operar e receber depósito em criptomoedas.
Após introduzir ativos digitais a seus portfólios gradativamente, as empresas podem aumentar a complexidade dos produtos oferecidos, incluindo incrementalmente DeFi e Web3.
É importante destacar, entretanto, que nem toda instituição financeira tem apetite ou demanda por produtos e serviços complexos com criptomoedas. Entretanto, também é importante considerar que essas empresas podem sofrer pressão dos clientes para introduzir novos produtos e meios de investimento - estejam elas prontas ou não.
As criptomoedas vieram para ficar. Com a insurgência da Web3, a forma com que nos relacionamos com o dinheiro e finanças irá mudar - e isso, necessariamente, passa pelos ativos digitais. Com isso, as empresas que participarem desse desenvolvimento ou se adaptarem a ele antecipadamente estarão melhor posicionadas para disputar não somente o mercado do presente, mas principalmente o do futuro.
*Brianna Kernan é líder de Vendas da Chainalysis para a América Latina. A Chainalysis é uma empresa de blockchain que fornece dados, software, serviços e pesquisas para mais de 700 agências governamentais, instituições financeiras e securitizadoras, além de empresas de segurança cibernética em mais de 70 países.
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