China intensifica "limpeza" de mineração de criptomoedas e critica gasto de energia
Governo de Pequim, capital do país, anunciou plano que envolve novas ações para encerrar operações de mineração na região
Repórter do Future of Money
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 11h09.
O governo de Pequim, capital da China , anunciou na última quinta-feira, 1º, que vai reforçar operações para encerrar atividades de mineração de bitcoin e outras criptomoedas na região. O objetivo é reduzir o gasto de energia do segmento, criticado há anos pelas autoridades do país.
O documento divulgado pelas autoridades inclui uma série de medidas anunciadas para aumentar a eficiência energética da capital, reduzir o impacto ambiental de atividades e expandir o uso de fontes renováveis de energia. Entre os setores no escopo do plano, está o de cripto.
As autoridades de Pequim resumiram o objetivo para o segmento como "censurar atividades de mineração de moedas virtuais". Na prática, eles argumentam que estão garantindo a implementação de medidas nacionais, que restringiram a atividade em 2021 e geraram um êxodo de mineradores .
Para os próximos meses, o objetivo é "continuar o trabalho de correção de atividades de mineração de moedas virtuais, fortalecer o monitoramento, análise e classificação de atividades de mineração e resolutamente limpar as atividades de mineração na cidade, de acordo com leis e regulamentações".
Ainda de acordo com o plano, as medidas contra o segmento deverão ser executadas nos próximos meses pela Comissão de Reforma e Desenvolvimento Municipal, Escritório Municipal de Redes de Informação e Centro de Tecnologia Municipal para Economia e Informação.
As ações contra a mineração de criptomoedas fazem parte de um plano voltado para "fortalecer a gestão de conservação de energia em áreas estratégicas", envolvendo também os setores de transporte, construção, petroquímicos e tecnologia da informação.
"A conservação de energia é uma área chave para esta cidade fortalecer a conservação abrangente dos recursos energéticos, um requisito intrínseco para a construção da civilização ecológica e uma tarefa importante para a construção de uma bela Pequim", argumentam as autoridades em um comunicado.
A China chegou a ser a líder mundial de mineração de criptomoedas, abrigando milhares de investidores devido ao custo baixo de energia e facilidade de acesso à tecnologia necessária para executar a atividade. A partir de 2020, quando as criptomoedas tiveram um grande salto de preços, atividade e demanda, o país passou a criticar a atividade, em especial pelo alto gasto energético.
Com a proibição, quase todos os mineradores já deixaram a China. Ao mesmo tempo, o segmento tem buscado aumentar o uso de fontes renováveis de energia como uma forma de lidar com as críticas e evitar problemas em outros países. Dados apontam que as fontes renováveis de energia passaram recentemente a responder por mais de 50% das fontes usadas .
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