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Cassino de criptomoedas admite roubo de R$ 200 milhões em ataque

Stake, que oferece apostas e jogos usando criptoativos, informou que registrou um acesso não autorizado às suas carteiras digitais

Cassino de criptomoedas admitiu que foi vítima de ataque (shapecharge/Getty Images)

Cassino de criptomoedas admitiu que foi vítima de ataque (shapecharge/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 5 de setembro de 2023 às 15h19.

A Stake, uma empresa australiana que oferece serviços de apostas e jogos com uso de criptomoedas, admitiu na última segunda-feira, 4, que foi alvo de um roubo após suas carteiras digitais serem invadidas. A companhia não informou o total roubado, mas relatórios apontam uma perda de US$ 40 milhões (cerca de R$ 200 milhões, na cotação atual).

Em uma publicação no X, antigo Twitter, a Stake informou que o ataque ocorreu na segunda-feira e teve como alvo as carteiras usadas para armazenar as criptomoedas ether e BowsCoin. A empresa afirmou que as carteiras usadas para armazenar outras criptos, como bitcoin e litecoin, não foram afetadas.

A empresa explicou que identificou acessos não autorizados nas carteiras, mas que "os fundos dos clientes estão seguros". "Estamos investigando e reativaremos as carteiras assim que elas estiverem completamente protegidas", destacou a Stake. Horas depois, a empresa informou que todos os serviços estavam funcionando normalmente.

Até o momento, a Stake não informou quanto foi desviado pelos criminosos. Entretanto, empresas de investigação de crimes no mundo cripto já divulgaram suas estimativas, analisando as movimentações realizadas após a invasão das carteiras. A partir daí, é possível avaliar quanto foi desviado e uma parte da movimentação.

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Roubo milionário

O investigador Cyvers informou que ao menos US$ 16 milhões em ether teriam sido desviados, atribuindo a invasão ao vazamento da chave privada usada para acessar a carteira digital. Já o usuário ZachXBT reportou uma perda adicional de US$ 25 milhões que teriam sido movimentados nos blockchains BNB e Polygon.

Os analistas informaram que todos os fundos desviados foram convertidos em ether e então transferidos para carteiras controladas pelos criminosos. Tradicionalmente, esses fundos costumam ser enviados depois a "misturadores" de criptoativos para dificultar a identificação.

As empresas explicaram ainda que a Stake detém no momento cerca de US$ 340 mil em ether e US$ 2,1 milhões em outras criptomoedas. O cassino virtual tem sede na Austrália e registrou um lucro de US$ 2,6 bilhões em 2022, de acordo com dados obtidos pelo jornal Financial Times.

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