Brasil movimentou mais de R$ 731 bilhões em criptomoedas entre 2021 e 2022, aponta levantamento
Dados apontam que brasileiros aplicam em fundos de criptomoedas como forma de investimento especulativo, algo comum em mercados mais desenvolvidos
João Pedro Malar
Publicado em 20 de outubro de 2022 às 17h06.
Última atualização em 20 de outubro de 2022 às 17h06.
O Brasil movimentou cerca de US$ 140 bilhões (R$ 731 bilhões, na cotação atual) em criptomoedas entre julho de 2021 e junho de 2022, de acordo com dados da plataforma Chainalysis divulgados nesta quinta-feira, 20.
A plataforma destaca que o país é, atualmente, o sétimo maior mercado do setor, à frente de outros países da América Latina como a Argentina (13º), a Colômbia (15º) e o México (28º). A região movimentou US$ 562 bilhões no mesmo período.
Os dados apontam ainda que, em geral, brasileiros aplicam em fundos de criptomoedas como forma de investimento especulativo, uma característica que, segundo a Chainalysis, é observada também em mercados mais desenvolvidos.
Em outros países da região, os níveis elevados de inflação fizeram com que os investidores optassem mais por stablecoins, criptoativos atrelados a outras moedas, como o dólar. Nesses casos, o investimento tem caráter de proteção de flutuações cambiais.
Um dos exemplos é a Argentina, com inflação acumulada em 66% no ano. No país, 31% das transações inferiores a US$ 1 mil foram feitas com stablecoins, contra 26% no Brasil e 18% no México.
A plataforma destaca um grau de adoção elevado das chamadas finanças descentralizadas ( DeFi, na sigla em inglês) em território brasileiro. O país perde apenas para o Chile na implementação ao redor da região, com mais de um terço das transações sendo realizadas a partir de serviços DeFi.
Outro destaque do levantamento é o engajamento de brasileiros em jogos ligados ao DeFi, que são hospedados em blockchains e oferecem recompensas financeiras. Em um dos jogos mais famosos, o Axie Infinity, o Brasil possui a quinta maior comunidade de jogadores ativos.
“O Brasil é um mercado crescente de criptomoedas e, mesmo com o inverno que o setor observou neste ano, o número de usuários continua a crescer. Com a chegada de grandes players no mercado, os criptoativos devem se popularizar ainda mais”, diz a a diretora de pesquisa da Chainalysis, Kim Grauer.
Segundo o levantamento da plataforma, a adoção dos criptoativos na América Latina envolve três atividades principais: armazenamento em fundos, envio de remessas e investimentos especulativos.
Grauer considera que "à medida que as criptomoedas evoluem e as necessidades dos usuários latino-americanos mudam, será interessante ver quais casos de uso surgem para atender às suas necessidades".
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