Bitcoin vai chegar a US$ 1 milhão em 2030, diz gestora de fundo bilionário
Cathie Wood, responsável pela Ark Invest, defendeu a manutenção de investimentos em iniciativas do setor de criptoativos
João Pedro Malar
Publicado em 23 de novembro de 2022 às 16h13.
Cathie Wood, uma das gestoras de fundos de investimentos mais famosas do mercado norte-americano, manteve sua projeção de que o bitcoin atingirá uma cotação de US$ 1 milhão (R$ 5,40 milhões, na cotação atual) em 2030, mesmo com os problemas pelos quais o setor de criptoativos está passando com a falência da FTX.
Wood é a responsável pela Ark Invest, um fundo de investimentos que chegou a US$ 50 bilhões em ativos sob gestão em 2021 e é especializando em aportes para projetos na área de tecnologia. A gestora é conhecida por apostar no bitcoin e outros criptoativos já há alguns anos.
Questionada pela Bloomberg se ela mantinha a previsão para a cotação do bitcoin, a gestora disse que sim, e que "algumas vezes precisas de testes de guerra, precisa passar por crises para ver os sobreviventes e testar a infraestrutura e a tese. E o bitcoin está saindo disso com o cheiro de rosas".
"O que eu acho que pode gerar um atraso é que talvez as instituições darão um passo atrás e verão se entendem mesmo o setor. Uma vez que façam o dever de casa e vejam o que aconteceu, acho que elas podem estar mais confortáveis para investir no bitcoin e talvez no ether", avaliou a investidora.
A gestora disse ainda que, ao avaliar os blockchains do bitcoin e do ether, é possível notar que "a infraestrutura, a tecnologia não mudou nada" ao longo de toda a crise da FTX. "Na verdade, a hash rate do bitcoin está em uma máxima histórica, e isso indica a segurança da rede", observou Wood.
Na visão dela, a infraestrutura do bitcoin está "funcionando lindamente", um sinal que faz com que ela mantenha a projeção otimista sobre a cotação da maior criptomoeda do mercado. Atualmente, a cotação dela é de US$ 16,48 mil, segundo o Coingecko.
Em um sinal da continuidade dessa aposta, o Ark Invest segue comprando cotas do fundo de bitcoin Grayscale, que tem sido questionado no mercado sobre o seu grau de liquidez ao mesmo tempo que sua empresa controladora, a Digital Currency Group, é pressionada devido aos problemas financeiros em outra companhia do grupo, a Genesis.
Wood também foi questionada sobre a Coinbase, uma corretora de criptoativos que teve parte das ações compradas pela Ark Invest. Recentemente, a exchange teve uma forte queda em suas ações, ligada à crise da FTX, mas a gestora acredita que ela "vai sair disso parecendo muito forte. Ela perdeu um grande competidor com a FTX".
"Eu acho que há mais medo, as pessoas não sabem o que não sabem, mas se dá um passo para trás e coloca outra perspectiva, você vê que o ecossistema de criptoativos inteiro tem US$ 800 bilhões, a Apple sozinha é três vezes maior", observa a investidora.
Por isso, Wood refuta comparações entre a queda da FXT e a quebra do Lehman Brothers, o banco que deu origem à crise financeira de 2008. O motivo, diz a gestora, é que a exchange deve ter cerca de US$ 10 bilhões em dívidas, enquanto o banco ultrapassava a casa do US$ 1 trilhão.
"Eu sei que os crioptoativos atraem muita atenção. É um novo sistema monetário, privado, digital, com regras, uma ideia muito grande. E apesar de agora termos mudanças, de uma exchange para outra, eu acho que o DeFi vai decolar, continuar a avançar", projetou Wood.
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