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Bitcoin: 'setembro vermelho' não intimida investidores brasileiros, que movimentam quase R$4 bilhões

Mais de 36 mil unidades de bitcoin foram transacionadas por brasileiros no mês de setembro, historicamente conhecido como negativo para a criptomoeda

Brasileiros passam a investir em criptomoedas (Madrolly/Getty Images)

Brasileiros passam a investir em criptomoedas (Madrolly/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 10h19.

Os brasileiros não estão intimidados com o mercado de baixa do bitcoin, que já causou uma queda de quase 60% em 2022. Ainda assim, investidores nacionais negociaram mais de 36.591,81 bitcoins no mês de setembro, segundo dados do CoinTradeMonitor. O valor é equivalente a mais de R$ 3.793 bilhões.

Segundo dados do portal, que agrega as movimentações de bitcoin de mais de 30 empresas no Brasil, há mais de 1 ano, a corretora cripto com maior volume foi a Binance. Neste último mês, a corretora negociou 16.255,14 bitcoins.

Ainda segundo o portal, a Binance foi responsável por 44,43% das negociações de bitcoin no Brasil durante o mês de setembro. A NovaDAX teve a segunda maior participação, sendo responsável por 16,54% das negociações de bitcoin neste último mês.

(Mynt/Divulgação)

"Em comparação com o mês de agosto (31.489,38 bitcoin), o volume negociado de bitcoin em setembro avançou 16,2%. Da mesma forma, o volume de moeda fiduciária (R$) necessária para realizar a movimentação dessa quantidade de bitcoins variou positivamente em 4,21%. Em comparação com setembro do ano anterior, o volume movimentado de bitcoin avançou 29,59%, apesar disso, o volume de reais necessários para movimentar a quantidade de bitcoins em setembro de 2022 foi 44,97% menor do que setembro de 2021", afirma o relatório.

O mês de setembro é conhecido por seu histórico negativo para o preço do bitcoin. Conhecido como "setembro vermelho", o mês costuma ser o de pior desempenho anual para a principal criptomoeda.

Bitcoin como porto seguro

Segundo Estefano Debernardi, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da CoinsPaid para a América Latina, o interesse dos brasileiros por bitcoin pode ser um reflexo da crise econômica mundial. Segundo ele, no curto prazo, o mercado de criptomoedas seguirá o movimento das ações. Porém, à medida que a indústria evolui e novos usos aparecem, ela tem a chance de se tornar um player independente.

"Esse movimento foi observado pelo volume de transações de criptomoedas nos últimos anos. A CoinsPaid, empresa responsável pelo processamento de aproximadamente 8% das transações on-chain de bitcoin no mundo, registrou um aumento no volume de transações desses ativos no primeiro semestre deste ano próximo a 10 milhões, volume 34,5% superior ao segundo semestre de 2021", disse.

Segundo ele, muitos encontraram nas criptomoedas uma medida de proteção contra a inflação durante a pandemia, época em que as bolsas de valores despencaram enquanto o bitcoin, por exemplo, atingiu seu recorde histórico, levando cada vez mais pessoas a procurar por ativos.

Ele afirma que mesmo durante o “inverno cripto”, com a queda repentina no valor das criptomoedas, a CoinsPaid se surpreende ao se dissociar da desvalorização das criptomoedas e do fraco desempenho do mercado de ações. Isso significa, segundo ele, que o interesse por criptomoedas continua crescendo e está se tornando parte do dia a dia de mais pessoas e mudando sua relação com o dinheiro e se tornando um novo porto seguro.

"Apesar da volatilidade que os principais criptoativos apresentam em cenários de crise e com queda nos mercados financeiros, a valorização das criptomoedas mostra-se maior do que as ações ou em relação ao desempenho de moedas fiduciárias como o euro, moeda que sofreu uma forte desvalorização em relação a outras moedas", finaliza.

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