Bitcoin despenca para US$ 61 mil: ainda há esperanças de nova alta em 2024? Especialistas respondem
Descubra no que ficar de olho essa semana para entender os próximos movimentos do bitcoin
Repórter do Future of Money
Publicado em 24 de junho de 2024 às 11h33.
Última atualização em 24 de junho de 2024 às 11h49.
Nesta segunda-feira, 24, o bitcoin inicia a semana no vermelho. Entre diversos motivos, um a núncio da exchange falida de criptomoedas Mt. Gox colaborou para que a principal criptomoeda do mercado despencasse. Além do bitcoin, o setor que movimentou US$ 72,3 bilhões nas últimas 24 horas possui diversos outros ativos em queda.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 61.333, com queda de 4,4% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. A maior criptomoeda do mundo em valor de mercado já caiu 8,8% nos últimos 30 dias, mas ainda acumula alta de 45,2% desde o início de 2024.
Por que o bitcoin despencou?
“Seguindo o movimento de baixa observado nas últimas duas semanas, o mercado de criptoativos amanhece novamente em baixa, impactado pela notícia de que a Mt Gox, falida exchange de criptomoedas que chegou a possuir mais de 70% de todo o volume de negociação de criptoativos, realizará o reembolso de mais de 140 mil bitcoins a seus credores e clientes”, explicou Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
“Os ETFs de bitcoin também registraram resgates líquidos em todos os dias da última semana, adicionando pressão vendedora e contribuindo para a segunda maior queda semanal registrada em 2024”, acrescentou.
“Ainda assim, o preço do principal criptoativo segue negociando em região de consolidação, entre os níveis de US$60 mil e US$72 mil desde o início de março, seguindo seu comportamento histórico de queda na volatilidade nos meses seguintes ao halving”, concluiu Matheus à EXAME.
No que ficar de olho essa semana
Já João Galhardo, analista de research da Mynt, destacou que dados macroeconômicos dos Estados Unidos ainda podem continuar impactando o preço do bitcoin e o sentimento de investidores.
"Adicionalmente, indicadores macroeconômicos relevantes previstos para esta semana podem influenciar as perspectivas de mercado. A atenção se volta para a divulgação do Índice de Preços de Consumo Pessoal (PCE) na sexta-feira, 28”, disse ele à EXAME.
“Esse índice é crucial para o Banco Central dos EUA na definição de suas políticas monetárias. Um resultado abaixo do esperado, indicativo de uma continuação do arrefecimento inflacionário, pode ser interpretado positivamente pelo mercado cripto, sugerindo um ambiente de menor pressão sobre a taxa de juros e favorecendo ativos de risco”, explicou Galhardo.
“Por outro lado, um índice acima do esperado reforçaria preocupações com a inflação persistente, potencialmente resultando em uma postura mais restritiva do Fed nas próximas reuniões, impactando negativamente o bitcoin", destacou o analista da Mynt.
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