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Bancos centrais de todo o mundo estão acompanhando o Drex, diz diretor do BC

Projeto para criação de uma moeda digital brasileira está em fase de testes com uma versão piloto

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 10 de outubro de 2023 às 10h44.

Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 11h22.

Rogério Lucca, chefe do Departamento de Operações Bancárias e do Sistema de Pagamentos do Banco Central (Deban) e coordenador do Fórum Drex, revelou na semana passada que o projeto de criação de uma moeda digital própria do Brasil, que a autarquia pretende lançar em 2024, está despertando interesse de instituições em todo o mundo.

“Internacionalmente, o Piloto Drex vem sendo acompanhado por outros bancos centrais, órgãos multilaterais e empresas internacionais com a perspectiva de que seu desenvolvimento aborde questões centrais para o desenvolvimento da indústria", comentou o executivo do Banco Central.

As declarações de Lucca ocorreram durante o último Fórum Drex, realizado pelo BC. No evento, o coordenador da Iniciativa, Fabio Araujo, revelou que, dos 16 consórcios selecionados para participar do piloto, 13 já estão operando nós da rede e 11 já estão realizando transações em um ambiente simulado de transferência de reservas bancárias, de depósitos tokenizados e de compra e venda de títulos públicos federais.

“O andamento está muito bom, faltam três nós, que devem ser levantados nas próximas semanas. A integração dos participantes está sendo feita de maneira adequada e dentro do cronograma”, considerou Araujo. Ele também revelou que a primeira geração de contrato inteligente — que permite a automação de transações financeiras — do Drex está praticamente concluída.

Sobre os próximos passos, Araujo avalia que ainda há várias questões que precisam ser tratadas. “É um projeto inovador, com características de pesquisa e desenvolvimento. Há desafios naturais. Vamos, até maio de 2024, testar soluções de privacidade. Teremos uma avaliação do Piloto Drex em junho e, a partir daí, vamos abrir o debate sobre quais serão os passos posteriores. Até lá, a segurança e a privacidade da rede devem estar bem definidas”, ressaltou.

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Nova fase do Drex

Também durante o último Fórum Drex, Clarissa Souza, analista de sistemas do Banco Central, anunciou que os testes com o piloto da moeda digital entraram em uma nova fase, voltada para a avaliação de soluções de segurança que consigam cumprir os requisitos referentes à privacidade de informações de usuários.

A expectativa é que a nova fase dos testes com a versão digital do real se estenda até maio de 2024. Souza afirmou que "a gente inicia agora uma nova fase do piloto, onde a gente começa a estudar e testar soluções de privacidade, que é que a gente se propõe a fazer no âmbito do projeto".

Ainda segundo Souza, três soluções estão sendo consideradas até o momento pelo Banco Central para implementação no Drex. A primeira é a Anonymous Zether, da Consensys, que já tem a projeção de realização de testes no final de outubro. As outras — a Starlight da Ernst & Young (EY) e a Parchain da Parfin — estão em fase de discussões para definição de implementação.

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