Análise: alta do bitcoin não mantém força e preocupa no curto prazo
Mesmo com preços acima de importante nível de resistência, bitcoin não consegue sustentar movimento de alta e preocupa players do mercado, segundo analista
Mariana Maria Silva
Publicado em 4 de abril de 2022 às 17h37.
Última atualização em 4 de abril de 2022 às 17h52.
O bitcoin tem uma semana estável, após retomada de otimismo dos investidores do universo das criptos. A barreira dos US$ 45 mil foi rompida, mas a falha na continuidade de movimento pode ter preocupado alguns players. O contexto macro envolve um cenário de maior discussão sobre os aspectos regulatórios dos criptoativos, que pode ser o principal driver de volatilidade.
O indicador de média móvel tem o objetivo de suavizar os movimentos de mercado e mostrar de forma objetiva a direção e força da tendência. O período representado pelo indicador depende do horizonte temporal que está sendo analisado, sendo que períodos maiores demonstram a direção das tendências mais amplas. Algumas médias são mais utilizadas do que outras, sendo que a principal delas é a de 200 períodos — representa as tendências maiores e seu rompimento sinaliza um alinhamento do movimento atual com o de longo prazo.
A principal resistência do bitcoin é a média móvel de 200 períodos em US$ 48,29 mil, sendo que seu rompimento sinalizaria um alinhamento do movimento de curto prazo da principal cripto com sua tendência de longo prazo de alta. O gráfico diário mostra que o rompimento dos US$ 45 mil foi um fator positivo pra novas altas, mas necessita continuidade.
O cenário dos próximos dias é de pressão compradora, sendo que os objetivos de preço são as retrações superiores em US$ 52.020 (61,8%) e US$ 57.948 (76,4%).
Ethereum (ETH/BTC)
O par ETH/BTC avançou 7% na última semana, superando a média móvel de 200 períodos. O gráfico diário mostra a formação de uma linha de tendência de baixa, que foi rompida e sinaliza novas altas. Nosso estudo continua acompanhando a pernada de alta com fundo em 0,05930BTC e topo em 0,08865BTC, que pode ser usada para determinar as retrações de Fibonacci (regiões de correção baseadas em proporções de movimento). O cenário de curto prazo é de alta, com possibilidade de teste das retrações superiores em 0,07746 (61,8%) e 0,08175 (76,4%).
*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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