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Agência Nacional de Águas busca soluções com blockchain para despoluir rios e mares no Brasil

Edital da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico procura soluções digitais para enfrentar o crescente problema da poluição por resíduos plásticos nos corpos hídricos do Brasil; propostas com blockchain são bem-vindas

(Reprodução/Reprodução)
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 29 de maio de 2023 às 16h00.

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) anunciou o lançamento de um edital, com o objetivo de impulsionar a criação de soluções digitais para enfrentar o crescente problema da poluição por resíduos plásticos nos corpos hídricos do Brasil. Empresa com soluções em blockchain são bem vidas para participação no concurso.

Denominado "Desafio Saneamento do Futuro: rios sem plásticos", o concurso procura identificar, reconhecer e premiar soluções inovadoras em estágio de protótipo, que empreguem tecnologias digitais para diminuir a quantidade de plástico nos corpos hídricos brasileiros. Os participantes são incentivados a propor soluções nas seguintes categorias: ação social, gestão pública e indústria.

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A ANA, que tem trabalhado em colaboração com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para este projeto, lançou o concurso como parte de uma estratégia mais ampla para lidar com a crise ambiental do século 21.

Segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a poluição plástica é um dos maiores desafios para a saúde humana e os ecossistemas.

O Brasil é um dos maiores contribuintes para esta crise, com cerca de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos vazando para o mar anualmente. Este problema é agravado pela falta de infraestrutura adequada e práticas de gestão eficientes. O concurso é uma tentativa de estimular a inovação para transformar este quadro.

A iniciativa tem por base o conceito de economia circular e procura aumentar a vida útil dos produtos plásticos e melhorar a sua reciclabilidade, diminuindo assim a quantidade de resíduos que acabam nos corpos hídricos.

Blockchain

A busca por soluções abrange a prevenção do vazamento de plástico para os corpos hídricos, aumento da reciclagem e triagem na fonte, restrição da demanda por plástico e design baseado na circularidade.

"O diálogo com esses atores e a busca de soluções de forma compartilhada cria um ambiente favorável para compreender melhor o setor, identificar possíveis barreiras que possam ser transpostas, possíveis boas práticas que possam ser disseminadas, bem como soluções que possam ser testadas em um ambiente regulatório controlado, como um Sandbox Regulatório", declarou a agência.

Segundo Luis Arís é Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Paessler LATAM, somente com o uso de tecnologia é que será possível avançar no combate a poluíção das águas.

Ele ressalta que de acordo com a ANA, dos 5.570 municípios brasileiros, somente 2007 cidades contam simultaneamente com Estações de Tratamento de Água (ETA) – plantas que tratam a água antes de seu consumo – e Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), unidades dedicadas ao tratamento de efluentes industriais e domésticos.

Há, ainda, um déficit de Estações de Tratamento de Água de Reúso (ETARs), voltadas para o reaproveitamento, em aplicações industriais, de água produzida por ETEs. Estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) do início de 2022 indica que a região Sudeste contava com somente 16 ETARs em operação.

Luis Arís é Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Paessler LATAM aponta que outro lado desse quadro é que, segundo relatório de 2018 da Confederação Nacional da Indústria, até 2030, o uso de água no Brasil deverá aumentar em 24%, superando a marca de 2,5 milhões de litros por segundo.

Segundo ele, para evitar o caos, foi aprovado pelo Senado brasileiro, em junho de 2020, o novo Marco Legal do Saneamento Básico. A nova norma impõe que, até 2033, mais de 90% da população brasileira terá de contar com fornecimento de água potável e com serviços de esgoto. Em 2020, a média nacional de atendimento da população com sistemas de tratamento de água e de esgoto era de 46,5%, o equivalente a 82,1 milhões de pessoas (dado Agência Nacional de Águas e Saneamento).

"A superação desse quadro exige uma profunda transformação do setor de saneamento básico brasileiro. Essa jornada inclui a disseminação de soluções de TI que oferecem uma visão preditiva sobre possíveis falhas, permitindo que correções sejam feitas antes da perda de água acontecer", disse.

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