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No Dia Internacional da Energia Limpa, ONU cobra transição acelerada

A data foi escolhida para aumentar a conscientização e a mobilização sobre o tema, estimulando a transição para fontes não poluentes

Energia limpa: fontes como a eólica têm papel fundamental na redução das emissões de GEE (Agency/Getty Images)
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 14h33.

Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 15h16.

Pela primeira vez, a Organização das Nações Unidas define o 26 de janeiro como o Dia Internacional da Energia Limpa. A data foi estabelecida pela Assembleia Geral da ONU com o objetivo de aumentar a conscientização e as mobilizações que acelerem a transição justa para a fontes não poluentes.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas reforçou a preocupação com o tema. “É muita firme a convicção de que a eliminação progressiva de combustíveis fósseis não é apenas necessária. É inevitável. Mas precisamos que os governos ajam para acelerar a transição, com os maiores emissores liderando o caminho”, declarou, em nota.

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É senso comum que as fontes limpas de energia, tais como a energia solar e a eólica, têm papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa ( GEE ). Atualmente, o carvão, o petróleo e o gás – todos combustíveis fósseis – respondem por quase 90% das emissões globais de dióxido de carbono.

Para os cientistas, reduzir as emissões quase pela metade até 2030, chegando a zero até 2050, é um caminho inadiável para evitar os piores impactos da mudança climática.

Perspectivas

Como ressalta a ONU, os países devem triplicar a capacidade de energias renováveis e dobrar a eficiência energética até 2030, como foi acordado na COP28, em dezembro passado. Para isso, será preciso criar planos climáticos nacionais até 2025 que permitam mapear um caminho para a transição “justa e equitativa” para a energia limpa. As medidas serão essenciais para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

Apesar de os combustíveis fósseis ainda predominarem na produção global de energia, as fontes renováveis, que incluem ainda a hidrelétrica e a geotérmica, fornecem em torno de 29% da eletricidade no mundo.

No entanto, segundo relatório divulgado na quarta-feira, 24, pela Agência Internacional de Energia (AIE), até 2026, as fontes limpas de energia devem atender toda a demanda adicional do mundo por eletricidade.

A entidade ressaltou que o recorde na geração de eletricidade de fontes de baixas emissões, como as renováveis, assim como a energia nuclear, devem reduzir o papel dos combustíveis fósseis para gerar energia a famílias e empresas. "As fontes de baixa emissão devem representar quase a metade da geração de eletricidade global até 2026, de uma parcela de pouco menos de 40% em 2023", informou.

Papel da energia limpa

Além de aspectos ambientais, sociais e de saúde pública, as discussões sobre o futuro dos combustíveis passa por impactos na economia. Segundo a ONU, a cada dólar investido em energia limpa são criados três vezes mais empregos do que nas atividades ligadas aos combustíveis fósseis.

No Brasil, o sistema elétrico tem cerca de 80% da sua capacidade instalada com fontes renováveis.

26 de janeiro

A data escolhida pela ONU é a mesma da fundação da Agência Internacional de Energia Renovável ( IRENA ), agência intergovernamental global criada em 2009 para apoiar os países em suas transições energéticas, servir como uma plataforma de cooperação internacional e fornecer dados e análises sobre tecnologia, inovação, política, finanças e investimentos em energia limpa.

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