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O rápido aquecimento do planeta aumentou a pressão para o fim dos combustíveis fósseis, mas as variações climáticas extremas aumentaram o uso desses produtos (Getty Images/Getty Images)
Leo Branco
Publicado em 25 de janeiro de 2021 às 10h07.
Última atualização em 25 de janeiro de 2021 às 10h09.
Embora o rápido aquecimento do planeta tenha direcionado as atenções para a necessidade de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, variações climáticas extremas estão de fato aumentando o uso desses produtos, de acordo com a Rystad Energy.
Por exemplo, a frente congelante que passou recentemente pelo Hemisfério Norte estimulou uma demanda recorde de energia e uma corrida por gás natural na Europa e Ásia.
“A maior frequência desse padrão climático — que causou aumento na demanda por carvão, gás natural liquefeito, eletricidade e até por um pouco de petróleo — veio para ficar”, afirmou a consultoria norueguesa em relatório publicado nesta sexta-feira.
À medida que o Ártico esquenta mais rápido do que o resto do planeta, a corrente polar se enfraquece e se move para o sul, trazendo massas de ar frio — o chamado Vórtice Polar — para regiões densamente povoadas no Hemisfério Norte. Os EUA escaparam de grandes ondas geladas neste inverno, mas esses eventos ainda não podem ser descartados.
Os preços do GNL à vista atingiram máximas históricas na Ásia, enquanto Japão e China enfrentam dificuldades para encontrar suprimentos adicionais. A demanda global de GNL pode aumentar 4% este ano, já que outra frente especialmente fria é esperada para fevereiro, alertou a Rystad.
“Recentes e impressionantes saltos nos preços e a diferença de preços entre verão e inverno vão se intensificar, principalmente para o gás, tanto o natural quanto o liquefeito”, afirmou o relatório.