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Diversidade: Ambientes saudáveis criam produtividade ainda maior (FatCamera/Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 6 de abril de 2023 às 10h34.
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil existem cerca de 3 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que se declaram como lésbicas, gays ou bissexuais. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS): Orientação sexual autoidentificada da população adulta, divulgada em março de 2022.
Apesar do grande contingente de pessoas pertencentes da comunidade LGBTI+, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, queer, intersexuais, assexuais e pansexuais ainda precisam lidar com o preconceito em várias áreas da vida – como o ambiente de trabalho. De acordo com pesquisa realizada pela rede social LinkedIn, quatro em cada dez pessoas LGBTI+, ou seja, 35% dos entrevistados, afirmaram ter sofrido discriminação no ambiente de trabalho. O número, comparado ao percentual de 2019, aumentou.
O levantamento ainda diz que oito em cada 10 pessoas do grupo LGBTI+ se sentem confortáveis para falar sobre identidade de gênero e orientação sexual nas empresas em que trabalham. Mas, em contrapartida, 43% dos entrevistados afirmam já terem sofrido preconceito, com piadas e comentários homofóbicos. Pensando nessa realidade e com o objetivo de esclarecer os significados da sigla, a equipe da EXAME ESG preparou um glossário. Confira:
Refere-se à manifestação externa do gênero de cada pessoa, que pode corresponder ou não às expectativas normativas culturais em termos de masculinidade ou feminilidade.
Conjunto de valores socialmente construídos que definem as diferentes características e comportamentos que cada sociedade designa para homens e mulheres. O gênero se aprende e se pode modificar, pois é socialmente construído.
Refere-se à experiência interna e individual de gênero, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento.
Refere-se à capacidade de cada pessoa para a atração emocional, afetiva e/ou sexual por, e relações íntimas com indivíduos de diferente ou mesmo gênero ou mais de um gênero.
Transição ou processo transexualizador é o conjunto de procedimentos que a pessoa adota para viver de acordo com sua identidade de gênero. A transição é diferente para cada pessoa, pode ou não envolver hormônios ou procedimentos cirúrgicos, por exemplo. Não há necessidade de perguntar se esses procedimentos foram realizados, basta respeitar a identificação de gênero da pessoa. Está em dúvida da identificação correta? Pergunte.
Corresponde a uma mulher com a orientação sexual e afetiva voltada para pessoas do mesmo sexo. Algumas pessoas não-binárias também se identificam como lésbicas.
Homem homossexual, aquele que se atrai sexual ou afetivamente por pessoas do mesmo sexo (homens). Pessoas não-binárias também podem se identificar como gays.
Uma pessoa, independente do sexo, cuja principal orientação sexual e afetiva considera pessoas do mesmo e de outros gêneros.
Pessoa transgênero masculina.
Pessoa transgênero feminina.
Esse termo tem uma conotação política e social por conta do estigma enfrentado pelas travestis no Brasil. Sempre escrever com o artigo feminino “a travesti”.
Esse termo se refere a quem nasce com a anatomia cromossômica, reprodutiva e sexual em que nem sempre é possível classificar seu sexo e gênero. Antigamente, usava o termo hermafrodita, que está em desuso.
É a falta condicional, parcial ou total de atração sexual a qualquer pessoa.
É a falta condicional, parcial ou total de atração romântica por outra pessoa.
É a pessoa que contesta a binariedade de gênero (homem-mulher), percebendo-se como uma junção de ambos ou, ainda, como uma identidade independente. Pessoas com identidade de gênero não-binária podem se apresentar agêneros, gênero-fluido ou outras possibilidades.
Diz respeito a quem tem atração por outras pessoas, independentemente do sexo ou identidade de gênero. É uma expressão do não-binarismo de gênero.
Qualquer pessoa que não se encaixe na heterocisnormatividade, ou seja, não se declare hétero ou cisgênero.