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Klabin, Marfrig e Lojas Renner: Quais empresas estão na lista global de transparência ambiental

Onze empresas brasileiras estão na ‘A List’ da sustentabilidade e Klabin é a única companhia brasileira presente nas três categorias, segundo levantamento da CDP

Ranking de transparência ambiental: Klabin tem pontuação 'Triple A', diz reporte (Germano Lüders/Exame)

Ranking de transparência ambiental: Klabin tem pontuação 'Triple A', diz reporte (Germano Lüders/Exame)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 6 de fevereiro de 2024 às 08h39.

Em pesquisa realizada pelo CDP, organização internacional sem fins lucrativos que administra um sistema de divulgação ambiental, o Brasil é representado por 11 empresas referência em transparência ambiental, dentre elas, Klabin, Marfrig e Lojas Renner. 

A pesquisa contou com mais de 23.000 organizações participantes, mas apenas 396 (1,7%) tiveram nota máxima e configuram na ‘A List’ de, pelo menos, um dos seguintes temas: florestas, mudanças climáticas e segurança hídrica. 

Em florestas, tiveram destaque as brasileiras Dexco e Empresas CMPC. Já em mudanças climáticas, CEMEX, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Compass Gás & Energia, CPFL Energia, EDP Brasil, Grupo Bimbo, Lojas Renner, M Dias Branco, Marfrig, Tim Brasil e Votorantim Cimentos foram as brasileiras presentes na categoria. 

Mas, vale ressaltar que a Klabin teve destaque nas três categorias, sendo a única brasileira presente em segurança hídrica. Além disto, esta é a terceira vez consecutiva que a empresa está entre as 10 empresas com nota “triple A” (empresas mencionadas nas três categorias). 

Sete negócios brasileiros estiveram presentes no ranking pela primeira vez, como foi o caso da Compass Gás & Energia, CPFL Energia, Lojas Renner, M Dias Branco, TIM Brasil, Marfrig e da Votorantim Cimentos. Algumas empresas como Klabin e Companhia Brasileira de Alumínio seguiram na lista, além da presença das latinoamericanas Cemex, Grupo Bimbo e Empresas CMPC. 

Este grupo de empresas representa 0,7% do total de respondentes da América Latina, partindo de oito empresas em 2022 para 14 no ano seguinte. No Brasil, o sexto país do mundo com maior número de empresas reportando dados ambientais, o número de empresas presentes no ranqueamento de transparência dobrou, visto que em 2022 eram apenas 5 foi para 11 em 2023. 

“Na região, o crescente número de organizações que conquistaram a classificação máxima reflete o maior engajamento de empresas que são líderes em seus segmentos de atuação e podem influenciar a transformação de suas cadeias produtivas. Temos potencial para nos tornarmos um excelente modelo global de desenvolvimento sustentável”, afirma a diretora-executiva do CDP Latin America, Rebeca Lima.

Como obter nota A?

Para obter a maior nota, as empresas precisam divulgar publicamente as suas iniciativas e estratégias para lidar com o desmatamento, mudanças climáticas e a questão hídrica. As empresas que constam na ‘A List’ tem metas com base em ciência para reduzir os gases de efeito estufa (GEE) e planos de transição ligados ao aumento de temperatura máximo de 1,5ºC, como compromissos com o desmatamento e a rastreabilidade de commodities e formas de lidar com a água. 

No ano passado, foi exigida a verificação de 100% das emissões dos escopos 1 e 2 (emissões diretas e indiretas) e 70% das emissões do escopo 3 (emissões da cadeia produtiva). Antes, eram exigidas a verificação de apenas 70% de todos os escopos. No Brasil, a nota do CDP passou a integrar a pontuação de empresas que querem entrar na carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da B3. 

“Alcançar a nota A demonstra que as empresas estão respondendo ao chamado de aumento de ambição, isto é, entregar mais ações concretas em menos tempo. Neste processo, os investidores e a sociedade têm um papel importantíssimo de exigir comprometimento em práticas sustentáveis”, diz Lima.

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