O Google deu um grande passo no combate aos incêndios florestais e lançou nesta terça-feira (18) o primeiro satélite do mundo capaz de atuar na detecção em um tempo recorde.
Utilizando inteligência artificial, o FireSat conta com um sistema que deve expandir nos próximos anos e pode identificar focos de fogo a partir de 5x5 metros em apenas 20 minutos.
Em comunicado, a bigtech disse que o avanço representa uma evolução significativa em relação aos métodos atuais de monitoramento e permite uma resposta rápida e eficiente por parte das autoridades e equipes de emergência. No geral, os satélites atuais podem demorar horas ou até dias para revisitar uma área e processar as imagens, além de não contar com a mesma precisão e resolução.
O FireSat é uma colaboração entre o Google Research e a Muon Space, com apoio do braço filantrópico Google.org, que financiou o projeto com US$ 13 milhões. A constelação de satélites foi desenvolvida com o objetivo de monitorar incêndios de maneira mais eficaz, fornecendo dados cruciais para os bombeiros e autoridades na hora de combater as chamas.
Além de ser uma ferramenta de resposta a emergências, contribui para o estudo do comportamento deste evento climático extremo e sua relação com as mudanças climáticas.
Recentemente, a Califórnia passou pelo incêndio mais devastador de sua história e a nova realidade imposta pelo clima exige medidas de prevenção.
A história por trás do projeto
A ideia do satélite surgiu a partir de uma experiência pessoal de Juliet Rothenberg, Diretora de Produtos de IA Climática no Google Research. Em 2020, Juliet enfrentou uma evacuação em sua cidade, na Califórnia, devido a um incêndio florestal.
Durante esse processo, ela se deparou com a escassez de informações detalhadas e atualizadas. As imagens de satélite disponíveis eram imprecisas, o que a deixou insegura sobre a situação de sua comunidade.
“Nós não sabíamos se o nosso bairro estava seguro, tudo o que tínhamos eram imagens desatualizadas a cada 12 horas”, relatou Juliet na nota do Google. Foi aí que o projeto nasceu: pela necessidade urgente de uma tecnologia capaz de detectar incêndios de forma mais rápida e precisa.