Empreendedorismo feminino: Vult capacita mil mulheres periféricas para o mercado de beleza
Companhia de beleza atuou com coletivo Vozes das Periferias para impulsionar geração de renda e independência financeira para mulheres em favelas paulistanas
Repórter de ESG
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 15h07.
Última atualização em 19 de novembro de 2024 às 16h14.
Em 19 de novembro é celebrado oDia do Empreendedorismo Feminino. De acordo com dados do Sebrae, o Brasil conta com mais de 10 milhões de empreendedoras, em sua maioria motivadas pela busca pela independência econômica, pelo equilíbrio entre o cuidado com a família e o trabalho ou o incremento na renda.
Foi pensando em melhorar a saúde financeira das mulheres brasileiras que a Vult, marca de cosméticos do Grupo Boticário, criou o220 Vultshá sete anos. O programa é focado na capacitação demulheres em vulnerabilidade socialpara que ingressem no ramo da beleza.
Os cursos, realizados nos formatos presencial e digital, buscam formar as profissionais para atuarem como maquiadoras e manicures. Desde sua criação, o programa já conseguiu umaumento de 45% na renda das formandas.
A companhia ainda firmou uma parceria com o Vozes das Periferias, coletivo de promoção da cultura egeração de rendanasfavelasbrasileiras. A ideia é unir as capacitações sobre beleza no trabalho realizado pela organização nascomunidades da Vila Prudente e Jardim Sinhá, na Zona Leste de São Paulo.
A partir de oficinas, eventos e programas de capacitação, as organizações buscam o desenvolvimento profissional e a melhoria na qualidade de vida na periferia.
Cesar Gouveia, empreendedor social e CEO do Vozes das Periferias, conta que a iniciativa busca combater as barreiras adicionais quemulheres pretas e periféricasenfrentam para se inserir no mercado de trabalho e ter independência financeira.
“Muitas vezes, são chefes de família e responsáveis pelo sustento do lar, mas também têm sonhos e talentos que podem florescer se tiverem a possibilidade de acessar às oportunidades certas”, explica.
Gouveia ainda conta que ao investir nelas, o Vozes das Periferias busca estimular o empreendedorismo e a autonomia das mulheres, dando suporte para que desenvolvam negócios próprios e gerem renda. “O empreendedorismo feminino contribui para a transformação social das comunidades, trazendo impacto econômico e inspirando outras mulheres a acreditarem em seu potencial”, afirma.
Desde o início da parceria,mais de 1.200 mulheres que moram em favelas e comunidades foram capacitadas.
Oportunidades de trabalho para mulheres
Segundo Rony Santos, gerente sênior de ESG e diversidade no Grupo Boticário, o propósito da iniciativa é criar oportunidades para que a beleza tenha o potencial de transformar e impactar vidas positivamente.
Santos ainda conecta o projeto de inclusão produtiva com a estratégia de diversidade do Grupo Boticário, que conta com cinco públicos prioritários: “São eles: pessoas negras (pretas ou pardas), mulheres, comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência (PcD) e pessoas com mais de 45 anos”, conta.
Para ele, a capacitação de mulheres no mercado de beleza ajuda a proporcionar umachance real de inserção profissional. “Seja a partir do trabalho autônomo ou do trabalho em salões e empresas do setor, a parceria já abre caminhos para a independência financeira e a geração de renda extra”, explica.
O projeto integra oEmpreendedoras da Beleza, iniciativa da Boticário focada em cursos profissionalizantes para a beleza, estética e criação de conteúdo. Ao todo, mais de 45 mil mulheres já passaram pelas formações, sendo 52% delas pretas e pardas.