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Crise de energia na Europa ameaça ‘Green Deal’, dizem gigantes de metais

A Eurometaux, cujos membros incluem Glencore, Rio Tinto e Norsk Hydro, enviou uma carta à Comissão Europeia destacando que a alta dos preços da energia tem limitado a produção

Europa: A crise global de energia ainda pode ser amenizada antes do inverno (AFP/AFP)

Europa: A crise global de energia ainda pode ser amenizada antes do inverno (AFP/AFP)

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Bloomberg

Publicado em 27 de setembro de 2021 às 09h43.

Por Mark Burton, da Bloomberg

Um grupo que representa algumas das maiores produtoras de metais do mundo alertou políticos da Europa sobre a crise de energia, que poderia ameaçar a iniciativa verde da região e obrigar mineradoras a buscarem outros lugares de produção.

A Eurometaux, cujos membros incluem Glencore, Rio Tinto e Norsk Hydro, enviou uma carta à Comissão Europeia destacando que a alta dos preços da energia tem limitado a produção. A associação pediu mais apoio ao setor, como a garantia de que os preços das licenças de emissões não aumentarão muito e diretrizes mais flexíveis sobre subsídio estatal.

A produtora de zinco Nyrstar disse na quinta-feira que reduziu a produção em uma grande unidade holandesa nos horários de pico durante o dia, destacando como o aumento dos preços da energia tem prejudicado a oferta de metais. Para produtores regionais de alumínio, os custos da eletricidade podem chegar a 2.000 euros (US$ 2.345) a tonelada, cerca de 80% do preço total da commodity, disse a Eurometaux.

“Se a eletricidade continuar muito cara, isso vai desincentivar a eletrificação industrial como rota de descarbonização, minando os objetivos do Green Deal da União Europeia”, disseram o diretor-geral da Eurometaux, Guy Thiran, e o CEO da Boliden, Mikael Staffas. “Se indústrias líderes como a nossa não conseguirem se manter competitivas e sobreviver nesta década, isso será um grande desincentivo para outros setores.”

A crise global de energia ainda pode ser amenizada antes do inverno, já que os altos preços do gás levam usuários a buscar alternativas mais baratas ou até cortar o consumo, disse a Glencore. Pode haver mais destruição da demanda neste inverno se a situação continuar como está, disse na quinta-feira Alejandro Sanchez Gestido, diretor global de gás natural liquefeito da empresa.

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