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COP28: Barbalho faz balanço de participação do Pará e foca em plano para agricultura regenerativa

Governador destacou o momento vivido no estado, que busca trocar o uso da terra de forma extrativa para o processo de regeneração, cumprindo assim a meta de desmatamento zero em 2030

COP28: Helder Barbalho, governador do Pará, ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, durante evento, em Dubai (Leando Fonseca/Exame/Exame)
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 10h00.

Última atualização em 11 de dezembro de 2023 às 11h06.

De Dubai*

O que ainda teremos de COP28

A COP28 está caminhando para o fim, com previsão de encerramento na próxima segunda-feira, 12. Neste cenário, o governador do Pará, Helder Barbalho continua com uma agenda intensa para a promoção do estado que deve sediar a COP30, em 2025, e cumprir metas de diminuição do desmatamento e regeneração do solo.

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“Estamos mostrando a mobilização e força de uma delegação plural que envolve governos, sociedade e iniciativa privada. Isto ajuda a mostrar a potência do Brasil para o mundo e para os brasileiros, internalizando a oportunidade que está diante de nós”, disse Helder Barbalho, governador do Pará, ao fazer um balanço da participação do estado na COP28 até o momento. As declarações foram feitas durante o evento Transição no Sul Global: Construindo uma Economia Net Zero, em evento promovido nesta sexta-feira, 8, pelo Pacto Global da ONU no Brasil, em Dubai, durante a COP28.

“Vocês sabem o desafio ambiental do nosso estado, que ao longo do tempo conviveu com o modelo de colonização e desenvolvimento a partir de um estoque florestal, mas também a indução pelo uso da terra de forma extrativa. Isso forjou a economia do estado. A partir de 2019, decidimos construir o processo de transição, que não é algo da noite para o dia, mas tem resultado em importantes colheitas e oportunidades”, disse Barbalho.

Uso do solo

Segundo o governador, o estado tem buscado por meio da Plataforma Territórios Sustentáveis, acelerar a descarbonização e impactar diretamente a sociobiodiversidade. Hoje, segundo ele, mais de 70 municípios compõem esse território com a transversalidade para o uso do solo e o envolvimento de famílias com inserção de culturas produtivas com metas de regeneração de terra. "O estado tem avançado com regularização fundiária, na criação de instrumentos de crédito que possam fortalecer atividades produtivas".

Ainda nesta sexta-feira, 8, está prevista a divulgação dos planos estaduais para a agricultura regenerativa, com a participação de 4 mil famílias. “Temos metas que são ousadas, que se confundem com as do Brasil. Para cumprir com as suas Contribuições Nacionais Determinadas ( NDCs) p elo histórico de emissões não basta zerar o desmatamento. Precisamos restaurar e regenerar áreas degradas e, por isso, lançamos o Plano de Recuperação de Vegetação Nativa (PRVN) para que até 2030 haja a recuperação de 5,7 milhões de hectares”, afirmou Barbalho.

Barbalho lançou ainda o plano de rastreabilidade individual de toda a cadeia da pecuária até 2026 e falou sobre o programa de pagamento por serviços ambientais. Segundo ele, essa será uma forma de induzir o restauro de áreas. Durante a COP28, o governador confirmou também assinatura de um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o financiamento de US$ 300 milhões destinados ao Descarboniza Pará.

- Com colaboração de Paula Pacheco.

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