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Com Engie, RD Saúde acelera projeto de energia renovável e mira 100% das lojas

Atualmente, cerca de 75% das unidades da Raia e Drogasil contam com o abastecimento feito por meio de geração distribuída, com fontes como energia solar, fontes hídricas e biogás

Virada: lojas das duas marcas, pertencentes à RD Saúde, passarão a ter uma nova identidade visual (Divulgação)
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 26 de abril de 2024 às 16h56.

Última atualização em 27 de abril de 2024 às 10h54.

Com uma média de uma nova farmácia aberta por dia, a RD Saúde, dona das bandeiras Raia e Drogasil, tem investido na transição energética de sua operação. A meta é ambiciosa: chegar a 100% das unidades até 2025.

Há cinco anos, a RD Saúde fechou uma parceria com a Engie para utilização de energia limpa por meio da geração distribuída, que segue até hoje. Atualmente, são 2.240 filiais Raia e Drogasil de 16 estados abastecidas por 54 usinas espalhadas pelo país - 77% são de fonte solar, 16% de biogás e 8% de fontes hídricas. O número equivale a 75% das cerca de 3.000 lojas da rede. Em breve, serão abastecidas por estas fontes 2.714 filiais em 22 estados, por 72 usinas.

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A meta, no entanto, é que o modelo de energia limpa seja aplicado em 100% das unidades da rede, diz Milton Alvim, diretor de patrimônio da RD Saúde. Em 2024 e 2025, a estimativa é abrir de 280 a 300 lojas por ano.

A partir de maio, as lojas das duas marcas passarão a contar com uma nova identidade visual, preservando as duas marcas, mas com a inclusão da RD Saúde.

Lojas sustentáveis

A ideia da transição energética surgiu em 2014, durante uma reunião, quando parte da equipe discutia novos modelos construtivos e maneiras de tornar as lojas sustentáveis, com a adoção de recursos como reuso de água e adoção de iluminação led.

As unidades passaram por ajustes, ganharam lâmpadas mais econômicas e novos aparelhos de ar-condicionado, quando surgiu a ideia de adotar placas solares. O projeto-piloto foi feito em unidades de Minas Gerais. O resultado foi satisfatório e a iniciativa ganhou corpo.

“No meio do projeto-piloto, quando tínhamos por volta de 1.800 lojas, os projetos de geração distribuída foram liberados no Brasil. Com isso, não precisaria ter nos pontos de consumo a geração de energia. Em 2015, foi assinado o primeiro contrato, com a construção da primeira usina solar, ainda em Minas [região coberta pela Cemig]”, relata Alvim.

Sob medida

João Pínola, diretor Comercial e de Operações da Engie Soluções, lembra que a RD mostrou interesse em ter usinas para prover a sua demanda, não apenas na aquisição. A Engie passou a atuar como consultora para desenvolver algumas possibilidades de solução para a companhia.

Contratos desse tipo, explica o executivo, permitem uma série de combinações de negócios. Os projetos podem pertencer total ou parcialmente aos clientes ou a Engie pode ser a geradora de energia. Outra característica é a variedade de fontes de energia, como solar e eólica.

“No Brasil, nos últimos dez anos, vemos uma mudança de cultura. As empresas hoje querem investir no que é core, com a terceirização das demais áreas. E o nosso core é construir as usinas sob medida para os clientes, que pagam pela utilização”, explica o executivo da Engie, que tem uma expectativa muito boa de crescimento da área.

Alguns números da RD Saúde

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