ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

BNDES e GFANZ assinam acordo para financiar projetos de transição ambiental no Brasil

Mark Carney, co-Presidente da GFANZ, e Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, assinaram acordo para ampliar financiamentos em projetos verdes no Brasil

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES e Mark Carney, ex-presidente do Banco da Inglaterra e enviado especial da ONU para Ação Climática e Finanças assinam acordo em São Paulo (Marina Filippe/Exame)

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES e Mark Carney, ex-presidente do Banco da Inglaterra e enviado especial da ONU para Ação Climática e Finanças assinam acordo em São Paulo (Marina Filippe/Exame)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 18h17.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2024 às 18h26.

Mark Carney, ex-presidente do Banco da Inglaterra e enviado especial da ONU para Ação Climática e Finanças, e Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, assinaram na tarde desta segunda-feira, 26, uma parceria de colaboração entre a Glasgow Financial Alliance for Net Zero(GFANZ), coalizão global das principais instituições financeiras comprometidas em acelerar a descarbonização da economia – da qual Carney é co-presidente, e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A iniciativa criará uma plataforma de mobilização de capital intersetorial, cujo objetivo é promover a colaboração público-privada para acelerar o financiamento de projetos prioritários do governo relacionados à estratégia brasileira de transição climática. A plataforma buscará desenvolver soluções de financiamento para gerar empregos sustentáveis, aumentar o investimento em tecnologias de baixo carbono e desenvolver as economias sustentáveis do Brasil que protegem a natureza e a biodiversidade.

“A América Latina, especialmente o Brasil, tem uma responsabilidade grande nesse cenário. Temos a maior área potencial de reflorestação do planeta para o enfrentamento do aquecimento global”, disse Mercadante, lambrando que, no último balanço global sobre o clima, foram estimados 1,3 trilhão de dólares de financiamento para descarbonização da economia no mundo, mas os países latino-americanos receberam apenas 6% dos recursos.

A iniciativa também ajudará a definir o pipeline de investimentos em outras áreas da economia, reunirá instituições financeiras domésticas e internacionais para identificar oportunidades de ampliar os investimentos no Brasil e desenvolverá novos mecanismos de financiamento para soluções baseadas na natureza. De acordo com Mercadante, a intenção é expor os projetos que precisam de investimento. “Recebemos cada vez mais projetos para hidrogênio verde, por exemplo, uma transformação para a energia do mundo. Agora, estamos anunciando um acordo que pretende dar visibilidade para quem está fazendo e, consequentemente, conectar com os investidores”, afirmou.

“Quero enfatizar que o Brasil nunca teve um momento de liderança tão crítica como agora, ao exemplo do G20 e COP30. Ainda assim, grande parte dos investimentos em mudanças climáticas estão indo para outros países. Queremos mudar este cenário e, parte disto, se dará com o impressionante plano de transformação ecológica do país, considerando o reflorestamento, as vantagens em energia limpa, entre outros", diz Carney.

Para ele, a plataforma é um caminho de viabilizar que os projetos recebam mais financiamento. "A economia do Brasil é única também por conta da biodiversidade. O que for feito aqui tratá lições para o mundo"

Acompanhe tudo sobre:BNDESClimaMudanças climáticas

Mais de ESG

Conheça os desafios para a construção da nova maior hidrelétrica do mundo

Amazônia ganha novo hub para acelerar startups com soluções climáticas

Gás Verde lança frota carbono zero para descarbonização do transporte pesado

'Rio 40 graus': onda de calor aumenta em 50% risco de morte de idosos com doenças crônicas