Tarcísio de Freitas vê etanol como trunfo paulista na transição energética
Na última safra, 383,4 milhões de toneladas foram produzidas no interior paulista
Plataforma de conteúdo
Publicado em 16 de agosto de 2024 às 08h32.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), demonstrou apoio à agenda da descarbonização e defendeu o fortalecimento da cadeia produtiva do etanol como uma das bases para a transição energética. Segundo ele, a indústria automotiva deve aproveitar essa vantagem competitiva para elevar sua produtividade nos próximos anos.
“A gente quer que vocês [indústria] caminhem na direção do híbrido, com investimento na direção da vocação que nós temos”, afirmou o governador nesta semana durante o Warren Day, evento destinado a agentes do mercado financeiro, do qual também participaram integrantes do poder público, realizado na zona sul da capital paulista.
Ainda no evento, Tarcísio também citou investimentos recentes da indústria automotiva em municípios paulistas e destacou o papel da iniciativa privada na produção de biometano. Do volume de 713,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar produzidos no País na última safra, 383,4 milhões de toneladas foram produzidas no interior paulista, de acordo com dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp).
Infraestrutura como prioridade
O governador atualizou a agenda de prioridades do seu mandato, incluindo o direcionamento de recursos para projetos de infraestrutura. Ele reforçou a importância do setor privado para o crescimento da economia com a expansão da atividade empresarial em diversas áreas, como transporte público, rodovias e projetos de saneamento – área, esta última, em que o governador projeta que as metas de universalização dos serviços deverão ser alcançadas em 2029, quatro anos antes do que o determinado pelo marco legal do setor.
Segundo Tarcísio, o cenário internacional tem experimentado uma inflação mais resiliente, o que tem afetado o comportamento da economia em países desenvolvidos no pós-pandemia. Isso torna a atração de investimentos para nações emergentes uma tarefa ainda mais desafiadora para gestores públicos.
“Queremos reduzir o gasto tributário para dar o fôlego fiscal para entrar nas empreitadas que pretendemos, reduzir a dívida pública e trabalhar em concessões e desestatizações. Temos que estruturar bons projetos e ter um bom ambiente de negócios. Fizemos leilões bem-sucedidos, privatizamos a Emae [Empresa Metropolitana de Águas e Energia] e a Sabesp, em um modelo exclusivo”, observou.