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PPPs em iluminação pública podem mais que triplicar até 2024

Pesquisa mostra que número de concessões no setor deve saltar dos atuais 69 para mais 150 até 2024

Postes de luz em Valparaiso, no Chile, dia 06/08/2017 (Rodrigo Garrido/Reuters)
EB

Esfera Brasil

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 09h00.

O mercado de concessões de iluminação pública vem crescendo a largos passos no Brasil. De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (ABCIP), o número de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em iluminação pública no país pode saltar de 69 para mais outros 150 até o fim de 2024. A pesquisa, realizada com a consultoria EY, ouviu cerca de 60 grupos empresariais do setor e concluiu que há 400 projetos de concessões em andamento.

Segundo o levantamento, as PPPs estão sendo impulsionadas pela estruturação de grandes bancos, como BNDES e Caixa. E o interesse das companhias privadas pelo setor é grande muito por conta da garantia de uma fonte orçamentária destinada exclusivamente a esse fim, a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).

As parcerias podem ser uma boa saída para os municípios que não tem recursos para a modernização do parque de iluminação pública. Para a ABCIP, as PPPs oferecem um modelo de gestão que garante melhor atendimento às necessidades dos municípios e dos cidadãos em termos de iluminação. “A grande vantagem para as cidades é a significativa redução do consumo de energia, a melhoria na qualidade dos serviços com rígidos prazos de atendimento às solicitações e a introdução de padrões tecnológicos de última geração, com luminárias de alto rendimento e avançados sistemas de monitoramento e telegestão, que estão na gênese das cidades inteligentes", destaca o presidente da ABCIP, Pedro Iacovino.

Ainda segundo Iacovino, já são muitos cases de sucesso, entre eles nove capitais, das quais destaca São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. "O Rio de Janeiro, inclusive foi objeto da primeira modelagem integrada de iluminação pública e cidades inteligentes, com previsão de instalação de 10 mil câmeras e outros sensores que vão auxiliar a gestão de segurança pública e da rede de drenagem municipal", diz o executivo, destacando que, no entanto, 64% dos municípios que adotaram o modelo de PPP tem população inferior a 200 mil habitantes.

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