Pessoa conta notas de R$ 50 (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
O Tesouro Direto - que vende títulos públicos a pessoas físicas - bateu recorde em janeiro, quando as compras dos investidores somaram R$ 630,6 milhões. O valor é o maior desde o início do programa em 2002. O montante é 207,5% superior ao mês anterior e 2,33% maior do que um ano atrás. No mesmo mês, foram feitos resgates de R$ 1,028 bilhão, sendo R$ 142,4 milhões relativos a recompras e R$ 885,5 milhões referentes a vencimentos.
Segundo o balanço de janeiro, divulgado na tarde desta quarta-feira pelo Tesouro Nacional, os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados ao IPCA (NTN-B e NTN-B Principal), que representaram 58,6% do total vendido. Os títulos prefixados (LTN e NTN-F) corresponderam a 35,7% do total e os indexados à taxa Selic (LFT), a 5,7%. Os títulos com vencimentos acima de 10 anos equivaleram a 37% das vendas do Tesouro Direto no mês passado. As vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 20% e as com prazo entre 1 e 5 anos, 42% do total.
De acordo com o Tesouro, a utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que correspondeu a 51,5% das transações no mês. O valor médio por operação foi de R$ 21,209 mil. Conforme o Tesouro, 5.446 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto em janeiro. O número total de investidores cadastrados atingiu 334.285, o que representa aumento de 18,2% nos últimos 12 meses.
O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 9,31 bilhões no mês passado, redução de 2,9% em relação ao mês anterior (R$ 9,58 bilhões) e aumento de 23,2% sobre janeiro de 2012 (R$ 7,56 bilhões). Os títulos remunerados por índices de preços responderam pelo maior volume no estoque, alcançando 67,5%. Na sequência, apareceram os títulos prefixados, com participação de 23,8% e, por fim, os títulos indexados à taxa Selic, com 8,7%.