Economia

Vendas no varejo na zona do euro caem puxadas por gasolina

Altos preços de petróleo no mundo aumentaram o preço do diesel e da gasolina na bomba e pressionaram as vendas no varejo para uma queda de 0,2% em setembro


	As dificuldades na economia são evidentes nas vendas de combustível automotivo, que caíram 2% em setembro na zona do euro
 (AFP)

As dificuldades na economia são evidentes nas vendas de combustível automotivo, que caíram 2% em setembro na zona do euro (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 08h20.

Bruxelas - Os motoristas na zona do euro economizaram com combustível em setembro e levaram as vendas varejistas a sofrer uma contração na maior margem em cinco meses, num outro golpe à fraca economia do bloco monetário.

Altos preços de petróleo no mundo aumentaram o preço do diesel e da gasolina na bomba e pressionaram as vendas no varejo para uma queda de 0,2 por cento em setembro ante agosto, informou nesta quarta-feira a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.

O resultado foi um pouco pior do que o esperado por economistas consultados pela Reuters, que previam que os volumes caíssem 0,1 por cento em setembro. No entanto, os dados são voláteis e a leitura de agosto foi revisada pela Eurostat para crescimento de 0,2 por cento, ante estimativa anterior de contração de 0,1 por cento.

A leitura anual foi moderadamente melhor do que o consenso das previsões, com as vendas caindo 0,8 por cento em setembro na comparação com expectativas de queda de 1 por cento.

Apesar da morna demanda global por petróleo, uma vez que as economias globais sentem o impacto da crise da dívida da zona do euro, o barril de petróleo avançou para perto de 120 dólares em agosto e continuou alto em boa parte de setembro e outubro. O barril de brent era negociado por volta de 110 dólares nesta quarta-feira.

As famílias na zona do euro têm sofrido desde a crise financeira global de 2008 e 2009, reprimidas pela renda disponível que cresceu apenas durante a breve recuperação de 2010. Essa fraqueza alimentou a contração, e espera-se que a produção total do bloco encolha pelo menos 0,3 por cento este ano.

As dificuldades na economia são evidentes nas vendas de combustível automotivo, que caíram 2 por cento em setembro na zona do euro. Já em junho, quando o petróleo estava a 90 dólares o barril, as vendas de combustíveis aumentaram 2 por cento, de acordo com dados da Eurostat.

As vendas de vestuário, equipamentos elétricos e outros bens como produtos medicinais caíram 0,6 por cento no mês, destacando a queda.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioComércioEuroEuropaMoedasVarejo

Mais de Economia

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal