Economia

Vendas no varejo na Páscoa 2019 deverão crescer 1,5%, projeta CNC

Se a expectativa for confirmada, alta nas vendas terá um ritmo inferior ao registrado em 2018

Venda de ovos de páscoa: estudo estima ainda que a contratação de trabalhadores temporários pelo setor será menor neste ano do que foi no ano passado (José Cruz/Agência Brasil)

Venda de ovos de páscoa: estudo estima ainda que a contratação de trabalhadores temporários pelo setor será menor neste ano do que foi no ano passado (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de abril de 2019 às 14h37.

Rio de Janeiro — As vendas por causa do feriado da Páscoa deverão registrar a terceira alta seguida, nas projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na estimativa da entidade, as vendas do varejo voltadas para a Páscoa deste ano deverão crescer 1,5% em relação à Semana Santa do ano passado, já descontada a inflação do período.

Se confirmada, essa alta nas vendas terá um ritmo inferior ao de 2018. No ano passado, as vendas cresceram 2,0% e, em 2017, 1,1%. No acumulado de 2015 e 2016, quando a economia estava em plena recessão, as vendas recuaram 5,2%.

Nada comparado ao desempenho de 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%, na esteira da recuperação da crise financeira internacional de 2008. Naquele ano, as vendas da Páscoa avançaram 9,5% ante 2009, melhor desempenho já registrado, nos cálculos da CNC.

"Significativamente afetado pelo aumento sazonal de vendas nessa data comemorativa, os estabelecimentos do varejo alimentício, tais como hiper, super e minimercados, lojas de departamentos e lojas especializadas, deverão faturar cerca de R$ 2,4 bilhões com as vendas voltadas para a Semana Santa deste ano", diz a nota divulgada nesta terça-feira, 2, pela CNC.

O estudo da CNC estima ainda que a contratação de trabalhadores temporários pelo varejo será menor neste ano do que foi em 2018. A projeção para a Semana Santa deste ano aponta para a criação de cerca de 10,7 mil postos de trabalho temporário. Ano passado, foram geradas 10,8 mil vagas

"Os maiores demandantes de trabalho temporário deverão ser os hiper e supermercados, respondendo por aproximadamente 65% do total de vagas oferecidas", diz a nota da CNC.

A CNC estima ainda que o salário médio de admissão no varejo deverá ser de aproximadamente R$ 1.267. Se confirmado, será um avanço de 5,9% em relação àquele registrado na Páscoa de 2018.

"Dadas as incertezas em relação à evolução do consumo nos próximos meses, a taxa de efetivação em 2019 será mais baixa. Do total de vagas temporárias oferecidas pelas atividades envolvidas com a Páscoa, 4,5% deverão se tornar postos de trabalho efetivos - porcentual abaixo da média histórica (12%)", diz a nota da CNC.

Acompanhe tudo sobre:PáscoaVarejo

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega