Economia

Vendas no varejo da zona do euro voltam a cair em julho

Os consumidores nas 17 nações do bloco monetário seguraram os gastos com alimentação, bebidas e com combustíveis


	As famílias na zona do euro têm sofrido desde o início da crise financeira global de 2008 e 2009
 (Philippe Huguen/AFP)

As famílias na zona do euro têm sofrido desde o início da crise financeira global de 2008 e 2009 (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2012 às 08h26.

Bruxelas - As vendas no varejo na zona do euro interromperam dois meses seguidos de ganhos em julho à medida que os volumes caíram, destacando as dificuldades dos consumidores com o aumento do desemprego, cortes salariais e restrição de crédito bancário durante uma crise de dívida que está erodindo a renda disponível.

Os consumidores nas 17 nações do bloco monetário seguraram os gastos com alimentação, bebidas e com combustíveis cada vez mais caros, diminuindo o volume do comércio varejista em 0,2 por cento em julho ante junho, informou nesta quarta-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.

O resultado veio em linha com as expectativas dos economistas consultados pela Reuters, mas a leitura anual ainda foi pior do que o consenso das estimativas, uma vez que as vendas caíram 1,7 por cento, na comparação com uma expectativa de recuo de 1,5 por cento.

"A tendência mais fraca nos gastos dos consumidores é principalmente por causa do declínio das rendas reais disponíveis, refletindo uma renda trabalhista menor, medidas de austeridade fiscal e inflação mais alta", afirmou o economista do JP Morgan Greg Fuzesi em um comunicado recente de pesquisa.

As famílias na zona do euro têm sofrido desde o início da crise financeira global de 2008 e 2009 e apenas viram sua renda disponível crescer durante um breve período de recuperação em 2010. Com os gastos do consumidor sendo uma grande parte da economia da zona do euro, essa fraqueza voltou a alimentar uma retração, e a produção do bloco deve encolher pelo menos 0,3 por cento este ano.

Enquanto isso, preços de petróleo mais altos no mundo guiados por tensões com as ambições nucleares do Irã mantiveram a inflação da zona do euro acima da meta de 2 por cento do Banco Central Europeu (BCE).

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