Economia

Vendas no varejo alemão têm queda em fevereiro

Queda inesperada foi de 1,1% em base mensal e em termos reais

A economia alemã recuperou-se rapidamente da crise financeira global de 2008 e 2009, mas encolheu 0,2% no final do ano passado (Lintao Zhang/Getty Images)

A economia alemã recuperou-se rapidamente da crise financeira global de 2008 e 2009, mas encolheu 0,2% no final do ano passado (Lintao Zhang/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 10h34.

Berlim - As vendas no varejo da Alemanha caíram inesperadamente em fevereiro, recuando 1,1 por cento em base mensal e em termos reais, minando as esperanças de que o consumo privado vá sustentar a maior economia da Europa no primeiro trimestre.

O indicador reconhecidamente volátil caiu em quatro dos últimos cinco meses, contrastando com as expectativas de que o varejo se mantivesse bem à luz do robusto mercado de trabalho. Economistas consultados pela Reuters tinham previsto que as vendas no varejo aumentassem 1,2 por cento no mês.

"A tendência tem sido fraca por enquanto, mais provavelmente devido ao fato de as famílias ainda não acreditarem em uma solução sustentável para a crise da dívida da zona do euro", disse Christian Schulz, do Berenberg Bank.

Em base anual, as vendas no varejo subiram 1,7 por cento, em parte graças ao dia adicional em fevereiro de 2012, superando a previsão de consenso de um ganho de 0,1 por cento.

As vendas no varejo de janeiro foram revisadas para cima, para uma queda de 1,2 por cento no mês, de um declínio de 1,6 por cento informado anteriormente. Em base anual, as vendas também foram revisadas para cima, para um ganho de 1,7 por cento, ante 1,6 por cento.

A economia alemã recuperou-se rapidamente da crise financeira global de 2008 e 2009, mas encolheu 0,2 por cento no final do ano passado, na medida em que os problemas da zona do euro e a desaceleração da economia global prejudicaram as exportações e o consumo privado.

A economia aparentou ter se recuperado levemente neste ano, levando alguns institutos a aumentar suas projeções de crescimento e muitos economistas a prever produção industrial estável ou em alta nos três primeiros meses de 2012, evitando, assim, dois trimestres consecutivos de contração, o que define uma recessão.

O mercado de trabalho mais forte ajudou a impulsionar a confiança do consumidor, que subiu em seis entre sete meses de acordo com o grupo de pesquisa de mercado GfK. A taxa de desemprego caiu para uma nova mínima pós-reunificação de 6,7 por cento em março.

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