Economia

Vendas do varejo em SP crescem 4,7% na 1ª quinzena de dezembro

Conforme a entidade, o desempenho reverte mais de dois anos de queda do indicador no período

Varejo: as vendas a prazo cresceram 6,5% (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Varejo: as vendas a prazo cresceram 6,5% (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 18h16.

São Paulo - As vendas do varejo paulistano subiram 4,7% na primeira quinzena de dezembro, frente a igual período do ano passado, segundo balanço feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Conforme a entidade, o desempenho reverte mais de dois anos de queda do indicador no período, que captura parte do movimento das vendas de Natal.

Termômetro da comercialização de bens duráveis - como dispositivos eletrônicos -, as vendas a prazo cresceram 6,5% na mesma base comparativa, num sinal, conforme o presidente da ACSP, Alencar Burti, de que o Natal deste ano "não será apenas dos presentinhos". Já as vendas à vista mostraram alta de 2,8%.

"É um crescimento satisfatório, já que reverte mais de dois anos de queda. Além disso, o fato de o crediário subir mais indica que os bens duráveis devem ter maior procura nas vendas de fim de ano", diz Burti em nota. Ele pondera, contudo, que o desempenho recupera apenas parte da queda das vendas de Natal do ano passado.

A melhora da massa salarial e a queda tanto da inflação quanto dos juros são citadas, junto com o alongamento no prazo dos crediários, entre os motivos do resultado positivo.

Na comparação com a primeira quinzena de novembro, as vendas do comércio varejista paulistano subiram 28,2% na primeira metade deste mês. Nessa comparação, as vendas a prazo e à vista mostraram alta de 20,8% e 35,6%, respectivamente.

A avaliação é de que o crescimento poderia ter sido maior não fosse a antecipação de compras durante a Black Friday, realizada no mês passado.

Desde o início do ano, o varejo paulistano registra leve crescimento de 0,7%. Mesmo com a tendência de aceleração das vendas nesta semana, que antecede o Natal, a ACSP avalia que dificilmente o setor fechará 2017 com crescimento na casa do 1%.

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