Economia

Vendas do comércio eletrônico sobem 10% na Black Friday

O crescimento não foi maior porque o valor médio das compras dos consumidores caiu 3,1%, para 562 reais, segundo a Ebit

Comércio eletrônico: a categoria de produto mais comprada no comércio online foi a de eletrodomésticos (Getty Images/Getty Images)

Comércio eletrônico: a categoria de produto mais comprada no comércio online foi a de eletrodomésticos (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 16h45.

São Paulo - O varejo online brasileiro vendeu 10,3 por cento mais na Black Friday deste ano em relação ao evento de 2016, com o faturamento do setor atingindo 2,1 bilhões de reais, afirmou a empresa de pesquisa de mercado Ebit nesta segunda-feira.

O crescimento não foi maior porque o valor médio das compras dos consumidores caiu 3,1 por cento, para 562 reais, segundo a Ebit, cuja medição considerou os dias 23 e 24 de novembro.

"Para atrair o consumidor, os varejistas fizeram ações promocionais mais agressivas nas categorias de maior valor agregado, que são as mais consumidas no comércio eletrônico e isso refletiu no gasto médio", disse em comunicado o presidente da Ebit, Pedro Guasti.

Segundo a empresa, a categoria de produto mais comprada no comércio online foi a de eletrodomésticos, com 16 por cento de participação, seguida por moda e acessórios (12 por cento), telefonia/celulares (12 por cento), perfumaria e cosmésticos (10 por cento) e produtos para casa e decoração (9 por cento).

A companhia calculou em 3,76 milhões o volume de pedidos feitos pelos consumidores neste ano, alta de 14 por cento sobre a Black Friday de 2016 e quase o dobro do estimado pela Ebit.

Uma das maiores empresas do setor no país, a B2W afirmou ter recebido intenso movimento de consumidores e de comerciantes, que usam seus shoppings eletrônicos, os sites Americanas.com, Submarino e Shoptime. O crescimento da venda no marketplace do grupo na Black Friday foi "20 vezes maior do que em um dia forte de vendas", afirmou a empresa sem dar detalhes.

"Na Black Friday, mais de 30 milhões de clientes visitaram nossos sites, impulsionando os negócios de milhares de vendedores", disse Thiago Barreira, diretor da B2W, em comunicado. Procurada, a empresa não informou dados comparativos, apenas que o marketplace da empresa teve 8 mil vendedores cadastrados, ante 4.700 no final de 2016.

Já a maior empresa de meios de pagamentos Cielo informou que até às 18h da sexta-feira passada registrou crescimento de 34 por cento no número de transações no comércio eletrônico nacional sobre a Black Friday de 2016.

O Magazine Luiza, que atua em varejo físico e online, afirmou que as vendas do período"bateram a meta por uma larga margem" e que "todas as categorias tiveram boa performance, com destaque para a categoria de supermercado e televisores de tela grande", disse a empresa sem dar detalhes.

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