Economia

Vendas de materiais de construção têm forte queda no Brasil

A expectativa da Abramat é de retração de 4,5 por cento nas vendas em 2016


	Materiais de construção: a expectativa da Abramat é de retração de 4,5 por cento nas vendas em 2016
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Materiais de construção: a expectativa da Abramat é de retração de 4,5 por cento nas vendas em 2016 (thinkstock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 09h26.

Rio de Janeiro - As vendas de materiais de construção tiveram forte queda no primeiro mês de 2016, com a manutenção de condições negativas vistas em 2015 e com a entidade que representa o setor citando fraqueza tanto no segmento do varejo como no de construtoras.

A Abramat afirmou nesta sexta-feira que as vendas caíram 20,5 por cento janeiro na comparação com o mesmo mês em 2015. O recuo tanto dos materiais de base (-19,9 por cento) quanto de acabamento (-21,4 por cento) pressionou os resultados consolidados.

Na comparação com dezembro, as vendas subiram 5 por cento, disse a entidade.

Segundo a associação, as condições negativas que predominam desde o segundo semestre de 2015 permanecem para o varejo e para as construtoras, agravadas pela forte intensidade das chuvas no início de ano, que atrasaram andamento de obras.

"O setor só vai observar uma reação no mercado a partir de abril ou maio", estimou o presidente da associação, Walter Cover. Esta retomada depende, porém, de mais crédito ao setor, obras de infraestrutura e implementação completa da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida. Por outro lado, a associação pondera que a substituição de importações e aumento das exportações, ajudadas pelo câmbio, podem contribuir para um cenário "menos pior do que o de 2015".

A expectativa da Abramat é de retração de 4,5 por cento nas vendas em 2016. Em 2015, as vendas caíram 12,6 por cento sobre 2014, recuando ao nível de 2007.

Em janeiro, o nível de emprego na indústria de materiais de construção teve queda de 8,9 por cento na comparação com igual mês do ano passado. Ante dezembro, o recuo foi de 0,3 por cento.

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