Economia

Venda de veículos novos em julho despenca quase 23%

Vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos em julho desabaram 22,8% sobre julho do ano passado


	Carros: este é o pior desempenho para o mês desde 2007
 (Thinkstock)

Carros: este é o pior desempenho para o mês desde 2007 (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2015 às 18h21.

São Paulo - As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil em julho desabaram 22,8 por cento sobre julho do ano passado, no pior desempenho para o mês desde 2007, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela associação de distribuidores, Fenabrave.

Os licenciamentos totais no mês passado somaram 227.621 veículos, o que levou o acumulado do ano até julho a uma queda de 21 por cento sobre os sete primeiros meses de 2014, a 1,546 milhão de unidades.

Na comparação com junho, porém, houve alta de 7,1 por cento, apoiada em dois dias úteis a mais de vendas.

A média de vendas de julho correspondeu a 9.896 veículos por dia útil, ficando abaixo das 10.120 unidades de junho, em um resultado que poderia ter sido ainda pior não fossem promoções realizadas pelo setor no período.

O mês passado foi marcada por uma continuação na queda da confiança dos consumidores, cujo índice calculado pela Fundação Getulio Vargas atingindo o menor nível da série histórica em julho, a 82 pontos.

Por segmento, as vendas de carros e comerciais leves em julho somou 219.410 unidades, queda de 21,6 por cento sobre um ano antes. No acumulado até julho, os licenciamentos têm baixa de 20 por cento ante uma expectativa para o ano de queda de 23 por cento.

Já a categoria de caminhões teve baixa nas vendas de 47,4 por cento, para 6.513 unidades, recuando no ano até julho quase 43 por cento.

O segmento de ônibus teve retração anual de 34,6 por cento em julho e no ano até o mês passado de 26,5 por cento.

"Mantemos a nossa posição de que não ocorrerá grande mudança nas vendas de veículos nos próximos meses, mantendo, assim, as nossas projeções, que apontam queda de cerca de 20 por cento para o setor em 2015”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, em comunicado à imprensa.

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