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Venda de aço deve crescer pouco mais de 4% em 2014

Setor siderúrgico projeta uma alta para 24 milhões de toneladas no ano que vem

Produção de aço: siderurgia brasileira segue pressionada pela oferta mundial excessiva de aço (Timothy Fadek/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 19h18.

Rio - Baseado na demanda gerada pelas concessões de infraestrutura e numa suave recuperação da economia internacional, o setor siderúrgico projeta uma alta de 4,4% nas vendas internas de aço em 2014, para 24 milhões de toneladas.

Mas a siderurgia brasileira segue pressionada pela oferta mundial excessiva de aço e a dificuldade em competir com os preços chineses. O Instituto Aço Brasil (IABr) calcula que em 2022 itens importados responderão por 58% do consumo final de aço no País, se nada for feito para conter o ritmo das compras externas e a queda livre das exportações do setor.

A alta do dólar frente ao real não foi suficiente para frear as importações de aço, em especial da China. Ao revisar suas estimativas para 2013, o instituto passou a prever um recuo de apenas 0,5% das compras externas de produtos siderúrgicos, ante previsão de 14,4% em agosto. Já as exportações vão desabar 14,8% no ano. A produção de aço bruto ficará estagnada em 34,5 milhões de toneladas, mesmo número de 2012.

O setor se ressente da falta de medidas de proteção como o estabelecimento de sobretaxa na importação. O ministério da Fazenda decidiu não renovar este ano a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que inclui 10 produtos siderúrgicos. Há ainda a falta de fiscalização de artifícios usados por importadores para fugir da taxação.

"A posição do governo brasileiro de que a apreciação do dólar seria suficiente para travar as importações não se confirmou", disse nesta quarta-feira, 27, o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, ao divulgar os números do setor. Para o executivo, a ameaça à cadeia local vem pela importação direta mas, principalmente, indireta de aço. "Isso significa perda de clientes. Muita gente que produzia máquinas e equipamentos hoje prefere importar para vender aqui", disse Lopes.

Em 2013, as vendas internas de aço devem crescer 6,1% em 2013, para 22,9 milhões de toneladas. O consumo aparente - vendas mais importações - foi revisto para 26,6 milhões de toneladas, aumento de 5,7% sobre o ano anterior. Na prática, o consumo de produtos siderúrgicos cresce no País, mas apoiado na importação.

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Rio - Baseado na demanda gerada pelas concessões de infraestrutura e numa suave recuperação da economia internacional, o setor siderúrgico projeta uma alta de 4,4% nas vendas internas de aço em 2014, para 24 milhões de toneladas.

Mas a siderurgia brasileira segue pressionada pela oferta mundial excessiva de aço e a dificuldade em competir com os preços chineses. O Instituto Aço Brasil (IABr) calcula que em 2022 itens importados responderão por 58% do consumo final de aço no País, se nada for feito para conter o ritmo das compras externas e a queda livre das exportações do setor.

A alta do dólar frente ao real não foi suficiente para frear as importações de aço, em especial da China. Ao revisar suas estimativas para 2013, o instituto passou a prever um recuo de apenas 0,5% das compras externas de produtos siderúrgicos, ante previsão de 14,4% em agosto. Já as exportações vão desabar 14,8% no ano. A produção de aço bruto ficará estagnada em 34,5 milhões de toneladas, mesmo número de 2012.

O setor se ressente da falta de medidas de proteção como o estabelecimento de sobretaxa na importação. O ministério da Fazenda decidiu não renovar este ano a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que inclui 10 produtos siderúrgicos. Há ainda a falta de fiscalização de artifícios usados por importadores para fugir da taxação.

"A posição do governo brasileiro de que a apreciação do dólar seria suficiente para travar as importações não se confirmou", disse nesta quarta-feira, 27, o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, ao divulgar os números do setor. Para o executivo, a ameaça à cadeia local vem pela importação direta mas, principalmente, indireta de aço. "Isso significa perda de clientes. Muita gente que produzia máquinas e equipamentos hoje prefere importar para vender aqui", disse Lopes.

Em 2013, as vendas internas de aço devem crescer 6,1% em 2013, para 22,9 milhões de toneladas. O consumo aparente - vendas mais importações - foi revisto para 26,6 milhões de toneladas, aumento de 5,7% sobre o ano anterior. Na prática, o consumo de produtos siderúrgicos cresce no País, mas apoiado na importação.

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