Economia

Veja quanto vale a nota de 2 mil pesos que já está em circulação na Argentina

Com uma inflação de mais de 100% ao ano, lançamento da nova cédula, a de maior valor no país, foi antecipado. Previsão era de que começaria a circular no fim deste mês

As cédulas ficaram prontas antes da data prevista e só dependiam do banco central argentino para serem introduzidas no mercado (Marcos Brindicci/Reuters)

As cédulas ficaram prontas antes da data prevista e só dependiam do banco central argentino para serem introduzidas no mercado (Marcos Brindicci/Reuters)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de maio de 2023 às 12h25.

A Argentina colocou em circulação na segunda-feira a nota de 2 mil pesos, já que a inflação de mais de 100% ao ano obriga a população a carregar pilhas cada vez maiores de dinheiro para pagar as compras diárias.

No entanto, a nova cédula vale cerca de US$ 4, ou R$ 20, se levadas em conta as taxas de câmbio paralelas comumente usadas no país. Pela taxa oficial, supervalorizada pelos controles cambiais e restrições impostas pelo governo, vale cerca de US$ 8,50.

As cédulas ficaram prontas antes da data prevista e só dependiam do banco central argentino para serem introduzidas no mercado. A previsão era que a nova nota fosse lançada no fim deste mês.

A emissão da nota de 2.000 pesos, que estampa a imagem dos médicos Cecilia Grierson e Ramón Carrillo, precursores no desenvolvimento da medicina na Argentina, assim como o edifício do Instituto Nacional de Microbiologia Doutor Carlos Malbrán, foi anunciada em fevereiro.

Embora a nova nota represente uma melhoria em relação à de 1.000 pesos, até então a de maior valor disponível no país, ainda desapontou economistas e cidadãos que clamavam por notas de até 10 mil pesos.

A rápida depreciação da moeda causou pesadelos logísticos para clientes, empresas e bancos, que tiveram que abrir novos cofres para acomodar mais notas para abastecer os caixas eletrônicos.

Com peso ‘derretendo': Argentina vira paraíso para turistas, incluindo brasileiros

Os preços ao consumidor subiram 109% em abril, a taxa mais alta desde 1991, quando a Argentina estava saindo da hiperinflação. Os aumentos galopantes de preços, juntamente com uma seca recorde, devem levar a economia argentina à recessão antes das eleições presidenciais deste ano. Economistas consultados pelo banco central veem inflação anual próxima a 150% nos próximos 12 meses

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