Economia

Veja a comparação entre EUA e China que chocou Bill Gates

Ao ler um livro do seu autor preferido, o homem mais rico do mundo ficou chocado com a comparação entre o uso de recursos pela China e pelos Estados Unidos

Trabalhadora mistura cimento em planta de construção em Dali, na China (Doug Kanter/Bloomberg)

Trabalhadora mistura cimento em planta de construção em Dali, na China (Doug Kanter/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 19 de junho de 2014 às 08h00.

São Paulo - Nos últimos 3 anos, entre 2011 e 2013, a <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/china">China</a></strong> usou mais cimento (6,6 gigatoneladas) do que os <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/estados-unidos">Estados Unidos</a></strong> em todo o século XX (4,5 gigatoneladas).</p>

O número vem do livro "Making the Modern World: Materials and Dematerialization" (em tradução livre, "Fazendo o Mundo Moderno: Materiais e Desmaterialização), do historiador tcheco-americano Vaclav Smil.

Ele é o autor preferido de Bill Gates, que dedicou um post inteiro no seu blog para o assunto. Desde que deixou o dia-a-dia da Microsoft, o homem mais rico do mundo tem se dedicado a iniciativas filantrópicas da sua fundação.

Ele acredita que "a questão dos materiais - quanto nós usamos e quanto precisamos - é chave para ajudar as pessoas mais pobres do mundo a melhorarem suas vidas".

De acordo com o livro de Smil, vivemos hoje uma "desmaterialização relativa". Gates explica: "Na medida em que a inovação nos permite fazer um produto de forma mais eficiente, com menos materiais e energia, os preços caem e o consumo sobe. Menos metal por telefone, só que mais telefones, então mais metal no balanço final."

O caso chinês ilustra como ocorre a pressão: a urbanização intensa usa muitos recursos naturais (principalmente cimento), mas gera renda que gera consumo, o que por sua vez também aumenta a demanda por recursos.

A dúvida é: como continuar esse ciclo sem detonar o meio-ambiente?

Para Smil e Gates, o ritmo de aumento do consumo e do padrão de vida não vai diminuir tão cedo. Portanto, a única solução para evitar uma escassez no futuro é melhorar a eficiência e encontrar substitutos, além de apoiar fontes sustentáveis de energia.

Veja o tuíte de Gates:

E um vídeo de Vaclav Smil explicando a questão:

//www.youtube.com/embed/xi7O9pmM_A0

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