Economia

Varejo na zona do euro cresce em maio, com vendas fracas

As vendas tiveram forte recuo, à medida que as famílias sofrem com a crise da dívida do bloco monetário

Pichação do euro na academia de artes de Berlim: o desempenho do varejo foi pior que o esperado (Thomas Peter/Reuters)

Pichação do euro na academia de artes de Berlim: o desempenho do varejo foi pior que o esperado (Thomas Peter/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 09h11.

Bruxelas - Os consumidores da zona do euro gastaram um pouco mais livremente em maio, mas não o suficiente para compensar a grande queda registrada no comércio varejista no mês anterior. Na base anual, as vendas tiveram forte recuo, à medida que as famílias sofrem com a crise da dívida do bloco monetário.

As vendas varejistas nos 17 países que compartilham o euro avançaram 0,6 por cento em maio, após caírem 1,4 por cento em abril, informou nesta quarta-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.

Esse resultado foi melhor que a alta de 0,3 por cento prevista por economistas consultados para a pesquisa da Reuters, mas ainda continua em níveis não vistos desde a crise financeira global de 2009.

O desempenho foi pior que o esperado na base anual e as vendas no varejo recuaram 1,7 por cento em maio comparado com o mesmo mês do ano passado. Economistas previam uma queda de 0,8 por cento.

"A crise da dívida da Europa deve ter um impacto duradouro no consumo", disse Olivier Bizimana do Morgan Stanley, em nota aos clientes. "Os consumidores estão enfrentando perdas do patrimônio líquido e a continuidade de incertezas econômicas. A crise da dívida soberana prejudicou a riqueza financeira das famílias no núcleo da Europa", disse ele.

As vendas na Alemanha, a maior e mais resistente economia da Europa, caíram pelo segundo mês consecutivo em maio e o aumento de 1,2 por cento na França não foi suficiente para compensar a queda de quase o dobro desse tamanho em abril. A Espanha mostrou uma situação parecida.

O desemprego na zona do euro subiu para o recorde de 11,1 por cento em maio, deixando 17,56 milhões de pessoas desempregadas, ao passo que as empresas estão cortando vagas para lidar com a demanda fraca e os governos buscam reduzir burocracia e diminuir os déficits que explodiram no começo, nos anos de expansão do euro.

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