Economia

Usinas dizem que reajuste não eleva competitividade

Aumento da gasolina poderia significar uma leve melhora, mas aumento de 8% no diesel deve neutralizar qualquer benefício


	Cana de açúcar: Unica afirmou que persiste a "falta de previsibilidade na formação do preço da gasolina"
 (Elza Fiuza/ABr)

Cana de açúcar: Unica afirmou que persiste a "falta de previsibilidade na formação do preço da gasolina" (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 19h41.

São Paulo - O aumento de 4 por cento no preço da gasolina nas refinarias anunciado pela Petrobras poderia significar uma leve e pontual melhora na competitividade do etanol, mas o aumento de 8 por cento no diesel deve neutralizar qualquer benefício para as usinas, disse nesta sexta-feira a entidade que representa as principais empresas do setor sucroenergético.

"O impacto da alta do diesel no custo de produção do etanol é muito significativo. Devido ao grau de mecanização hoje na atividade agrícola, o diesel mais caro afeta plantio, colheita, carregamento e transporte", disse o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, em nota.

A Unica afirmou que persiste a "falta de previsibilidade na formação do preço da gasolina", considerada um dos maiores obstáculos para mais investimentos no setor de açúcar e etanol, incluindo a construção de novas usinas.

"Continuamos sem um sistema, uma fórmula com parâmetros claros e estáveis, que torne possível entender qual o embasamento para manter ou ajustar o preço da gasolina", disse o diretor da Unica.

O preço da gasolina é considerado um limitador para o preço do etanol e para a renda das usinas, porque para ser atrativo ao consumidor, o biocombustível precisa ser vendido nos postos a no máximo 70 por cento do valor da gasolina.

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