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Usinas de cana reduzirão investimentos e empréstimos, diz Itaú BBA

Diretor do banco de investimento disse que ambiente operacional difícil durante esta colheita reduzirá o apetite do setor por investimentos e riscos

Cana de açúcar: na temporada passada, produtores brasileiros de açúcar e etanol reduziram seus níveis e endividamento em 3 reais por tonelada (lzf/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 20h48.

São Paulo - As companhias produtoras de açúcar e etanol do Brasil não devem aumentar os seus níveis de endividamento nos próximos meses, disse Pedro Fernandes, diretor do agronegócios do banco de investimento Itaú BBA , já que o ambiente operacional difícil durante esta colheita reduzirá o apetite do setor por investimentos e riscos.

O banqueiro disse nesta quinta-feira, durante apresentação para jornalistas, que as empresas de açúcar e etanol representam a parte mais importante da carteira de crédito do agronegócio do Itaú Unibanco , evitando elaborar.

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Ainda nesta temporada, ele prevê que a carteira de empréstimos para o setor de açúcar e etanol não crescerá, já que as companhias estão com menos interesse de acessar capital.

Isso contrasta com o restante do setor agrícola do Brasil, que provavelmente procurará mais empréstimos, disse Fernandes.

Na temporada que terminou em março passado, os produtores brasileiros de açúcar e etanol reduziram seus níveis e endividamento em 3 reais por tonelada, conseguindo gerar receita e pagar as dívidas, disse o banqueiro.

A projeção este ano é incerta, já que, de acordo com analistas, a moagem de cana-de-açúcar no centro-sul, a maior região produtora de cana do mundo, deve cair para uma mínima em quatro safras, em decorrência do envelhecimento dos canaviais e do tempo seco.

"Nós acreditamos que o balanço da dívida das companhias produtoras de açúcar e etanol não aumentará porque os investimentos serão reduzidos", ele disse.

A carteira de crédito do agronegócio do Itaú Unibanco para o setor, incluindo agricultores e processadores de grãos e carnes, foi de 30 bilhões de reais no fim do ano passado, informou.

Enquanto a carteira para o setor de agronegócio, no geral, deve crescer, o nível para as empresas de açúcar e etanol deve ficar estável, disse Fernandes.

 

 

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