Economia

Uruguai é o novo temor da América Latina

O mercado internacional espera que o Uruguai reestruture sua dívida o mais rápido possível. Nesta quarta-feira (12/2), o ministro da Economia, Alejandro Atchugarry, garantiu que pagará a dívida externa. Segundo o ministro, o país já passou por dificuldades piores e superou a situação. O Uruguai tem US$ 1,6 bilhão em dívidas que vencem este ano. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h39.

O mercado internacional espera que o Uruguai reestruture sua dívida o mais rápido possível. Nesta quarta-feira (12/2), o ministro da Economia, Alejandro Atchugarry, garantiu que pagará a dívida externa. Segundo o ministro, o país já passou por dificuldades piores e superou a situação. O Uruguai tem US$ 1,6 bilhão em dívidas que vencem este ano. Assim como o Brasil, também foi afetado pela crise argentina: perdeu a reputação de centro bancário seguro, a moeda local se desvalorizou perto de 80%, e a economia se retraiu entre 9% e 11% em 2002.

As negociações entre o país e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um acordo sobre metas fiscais e liberação de recursos devem continuar até sexta-feira. "A situação não é fácil, mas o Uruguai está demonstrando que a dívida é sustentável", disse o ministro Atchugarry. Estima-se que o país tenha ainda cerca de US$ 5,3 bilhões de bônus para rolar.

Mas parece que o mercado financeiro não está muito confiante. A classificação de risco do crédito de longo prazo do Uruguai foi cortada em duas notas pela Standard & Poors. A agência avalia que o país pode não ter condições de sustentar o pagamento de suas dívidas. Os ratings soberanos de títulos de dívidas de longo prazo em moeda estrangeira foram rebaixados de B- para CCC, com perspectiva negativa, o que deixa o país com uma classificação inferior à do Equador e à da Venezuela. Atualmente, apenas a Argentina tem avaliação inferior na América Latina.

A S&P poderá reduzir o rating do país ainda mais, por causa da perspectiva negativa, caso o governo proponha uma troca de títulos que dê aos investidores "termos menos vantajosos" do que os originalmente acertados, afirmou no comunicado a analista de dívidas soberanas da agência Lisa Schineller.

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