Economia

Um quarto dos países emergentes têm dificuldade de pagar dívidas, aponta FMI

O quadro tornou-se complexo desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia

Entre os países que receberam ajuda do FMI recentemente estão Sri Lanka, Tunísia, Paquistão e Argentina (Yuri Gripas/Reuters)

Entre os países que receberam ajuda do FMI recentemente estão Sri Lanka, Tunísia, Paquistão e Argentina (Yuri Gripas/Reuters)

A

AFP

Publicado em 14 de setembro de 2022 às 08h44.

Cerca de um quarto dos países emergentes e mais de 60% dos países de baixa renda enfrentam dificuldade, às vezes severa, de pagar suas dívidas, destacou nesta terça-feira a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

"Se observarmos a situação dos países emergentes, a maioria deles se sai bem, porque investiu em reservas cambiais e fez reformas macroeconômicas. Mas 25% deles estão em dificuldade", ou estão "próximos" disso, devido ao seu nível de endividamento, declarou.

A situação, no entanto, é menos dramática que a dos países de baixa renda, entre os quais "mais de 60% já se encontram em dificuldade, o que é um nível significativo e preocupante", acrescentou Kristalina.

O quadro tornou-se ainda mais complexo desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que "16 países solicitaram ajuda financeira, no valor de cerca de 90 bilhões de dólares", nos últimos seis meses. Nesse contexto, a diretora do FMI pediu aos maiores credores privados e públicos, como a China, que tentem “evitar que surjam dificuldades”.

Entre os países que receberam ajuda do FMI recentemente estão Sri Lanka, Tunísia, Paquistão e Argentina.

Veja também: 

Comissão Europeia apresenta plano para enfrentar crise energética

Assembleia Geral da ONU discute educação e sustentabilidade

Acompanhe tudo sobre:economia-internacionalFMI

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo